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Um dia que vale por cinco

Você senta numa cadeira, veste um cinto de segurança, coloca os óculos e aí, em pouco segundos, é teletransportado de Austin para uma montanha-russa no Six Flags

Alexandre Zaghi Lemos
12 de março de 2016 - 13h26

Quando você começa o dia indo para Westeros, passa por uma montanha-russa no SixFlags, realiza o sonho de saltar de ski jumping, senta no Dolby Theatre na cerimônia do Oscar, participa do campeonato de enterradas da NBA, assiste um papo com o Obama, tem uma amostra de como será o trânsito com carros que se dirigem sozinhos e termina numa sessão de cinema com clima de balada com um diretor indicado ao Oscar, ou você pirou completamente ou percebe que começou sua jornada no SXSW. Felizmente, meu caso é a segunda opção.

E o pior é que, pra não fazer o primeiro parágrafo ser muito chato, eu ainda suprimi algumas outras experiências nada desinteressantes. Mas já que minha praia é o VR (como os íntimos chamam a “Virtual Reality”), vou falar um pouquinho do que vi no Samsung Gear VR Lounge.

Primeiro, uma paulada pra tirar qualquer tipo de dúvida em quem nunca experimentou um óculos de VR: você senta numa cadeira, veste um cinto de segurança, coloca os óculos (que nada mais são do que smartphones dentro de um dispositivo que parece uma máscara de mergulho) e aí, em pouco segundos, você é teletransportado de Austin para uma montanha-russa no Six Flags.

Por mais que o lado esquerdo do cérebro insista que você está numa cadeira parada, o lado direito, o lobo frontal, o córtex, o cerebelo e o estômago insistem em achar que você está pendurado a vários metros de altura, pronto pra despencar. Nesse 7 a 1 sensorial, controlar os braços, as risadas (no meu caso, gargalhadas), gritos e afins é tarefa praticamente impossível. A foto abaixo mostra bem o drama …

O pior de tudo é que se você nunca experimentou algo parecido, mesmo depois de ler o que estou dizendo (e ver a foto), vai achar que é exagero. Não é! Já tinha experimentado algumas outras simulações computadorizadas de montanha-russa em VR, mas o fato desta experiência ser em live-action e ainda ter os estímulos físicos da cadeira mexendo “sincada” com o filme, tira qualquer chance de não se deixar levar pela experiência.

Depois disso, você é convidado para sentar num lounge com algumas cadeiras giratórias onde pode ver outros conteúdos em VR (sem o 4D, mas ainda bem interessantes). Foi lá que finalmente realizei um sonho de criança de saber como é o vôo de um atleta de ski jumping. E ainda deu pra conferir outros conteúdos bem bacanas, como o do vlogeiro/youtuber do momento Casey Neistat na cerimônia do Oscar (pode ser visto numa versão simples 360º abaixo), o show de enterradas no All-Star Game, entre outros.

O resto do dia foi no mundo real mesmo (incluindo o papo com o Obama). Mas o mais divertido, graças ao tal do VR, é poder colocar tudo o que descrevi lá no primeiro parágrafo junto, como resumo de apenas um dia de vida.

E que venham os próximos!

Ricardo Laganaro é diretor de cena da O2 Filmes

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