Femvertising: as marcas e as mulheres
No Brasil, as mulheres ganham R$1,1 trilhão por ano e são responsáveis por 85% das decisões de compra.
No Brasil, as mulheres ganham R$1,1 trilhão por ano e são responsáveis por 85% das decisões de compra.
14 de março de 2016 - 17h09
No Brasil, as mulheres ganham R$1,1 trilhão por ano e são responsáveis por 85% das decisões de compra.
Esse é o dado de 2014 do Datapopular e em novembro do ano passado, o site de tendências Trendwatching publicou um relatório dedicado a situação da mulher nas Américas do Sul e Central.
Ontem na palestra How Cyberfeminism Shapes the Future of Marketing, Lisa Stromberg, COO da consultoria 3% Movement abordou esse novo conceito de Femvertising e como as marcas estão vendendo o empoderamento das mulheres. O papel das hashtags feministas estão causando alto impacto nessa discussão em diversos lugares. No Brasil #meuprimeiroassedio foi emblemático, resultou em 82 mil tweets em 5 dias.
Alguns dados apresentados durante o painel pela Juliana de Faria, fundadora do Think Olga, mostram como os reais desejos das mulheres são desconsiderados no momento da concepção das estratégias de publicidade.
Inteligência e independência são os atributos com os quais as mulheres gostariam de ser representadas. Sendo 85,5% para inteligência e 72,3% para independência.
Segundo o Trendwatching, 65% das mulheres no Brasil não se identificam com a publicidade e com a forma como elas são representadas em campanhas.
Um case de como uma marca pode apoiar as mulheres é da Avon que criou o site: “Beleza Que Faz Sentido”.
Essa campanha elabora conteúdo sobre empoderamento feminino. O processo da igualdade de gênero é listada através de artigos, vídeos e dados. A marca criou também a Linha 180, maquiagem com produtos vazios, com o mesmo nome do número da Central de Atendimento à Mulher. A simbologia era para mostrar que a violência não pode ser maquiada. A linha não foi criada para venda, apenas para a campanha que chamava a atenção para a violência doméstica.
Aqui no relatório do Trendwatching você pode ver vários cases de marcas que estão entendendo o que as mulheres querem.
Mais sobre Femvertising aqui.
Recentemente o Meio & Mensagem realizou uma pesquisa que mostra que mulheres são 20% dos cargos de criação. Isso gera uma série de estereótipos no momento de pensar o universo feminino. Mudar esse quadro dentro das áreas de criação, é o primeiro passo que as agências podem oferecer para apoiar as marcas que querem fazer parte da vida das mulheres.
Carolina Baracat é diretora de marketing do Spotify na América Latina
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