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Back to 80’s – somos todos coloridos

Mark Mothersbaugh, ex-vocalista e co-fundador da banda Devo, que foi sucesso nos anos 80, foi um brilho a parte nessa edição do SXSW


18 de março de 2016 - 18h54

Ele estava no festival também para uma exposição visual de suas ilustrações, porque a carreira dele começou como artista plástico. E esse lado artístico sempre refletiu no trabalho da banda, tanto que ele fala que na época o auge era o rock e o, metal e todos se vestiam de preto e o que mais ele queria fazer era ser o contrário disso tudo. E a banda surgiu com uma proposta toda colorida e irreverente. Era quase um protesto ao que acontecia na época.

E a banda Devo, talvez um pouco depois da Kraftwek, iniciou a música eletrônica que conhecemos hoje. O Mark pegava diversos instrumentos e fazia o mid disso tudo. E pensar que toda história do Devo começou com ele dando uma fita cassete para Iggy Pop, quando Iggy e Bowie estavam fazendo um show juntos. Na época o Iggy dizia “Isso não é uma banda de verdade”, porque o som era tocado, mas muito sintetizado pra época. Simplesmente fantástico. O cara tem uma coleção de órgãos de tudo (pipe organ)!

Mas o bacana disso tudo é a questão de propor uma nova cultura. Sair do preto e imprimir o colorido. Lembrei do Tony Visconti falando um pouco sobre isso, de que temos que nos ligar que a música é uma forma de expressão cultural. Os artistas têm que imprimir sua própria cultura, ao invés de copiar porque a tendência está lá ou na moda. Essa fórmula nunca acaba funcionando, ou funciona por um curto período de tempo. Isso vale para todas as áreas, inclusive as marcas, que deveriam rever isso e passar a expor sua própria identidade. As pessoas estão cansadas de cópias.

Sejamos todos coloridos!

Serginho Rezende é diretor da Comando S Audio

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