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Desventuras em série

...ou, o que fazer quando nada dá certo...


11 de março de 2017 - 16h18

O SXSW é surpreendente em todos os sentidos, basta estar disposto a entender isso e aproveitar o lado bom das coisas. O primeiro dia do evento geralmente é o mais lotado. O nível de ansiedade e excitação está no máximo bem como a lotação das palestras.

Por mais organizado que você seja tem coisas que você não controla. Comecei meu dia na fila da experiência IMAX The Mummy. Uma hora e quarenta minutos de fila e não consegui entrar (se ficasse mais ia perder outra palestra). Primeiro exercício de resiliência do dia…

Segunda palestra com fila interminável e mais uma vez “FULL”. Vamos para a terceira: “FULL”. Nessa hora você tem poucas opções e com certeza a mais improvável é levar na boa. Não levei na boa. E para aproveitar o momento raiva tentei a palestra do Gary Vaynerchuck, CEO da VaynerMedia. Got it. Gary é do tipo ame ou odeie. Ele é uma cara moldado na era digital: stoytelling, empresário, investidor, especialista em redes sociais, rápido, ácido e, na maioria das vezes, acertivo. Uma busca rápida pelo seu nome e você vai entender o que estou tentando dizer. Seu Twitter é obrigatório para qualquer um que trabalha com digital. Era tudo o que eu precisava, Gary é do tipo: dane-se o que você pensa sobre mim, nada é sobre mim, o que diz respeito a mim é minha família. O resto é trabalho e fazer o que acredito ser certo. A princípio parece sempre um discurso raivoso, mas não é, ele simplesmente acredita demais em si mesmo e tem conteúdo suficiente para bancar isso. Não é só discurso ou teatro. Sobre o ame ou odeie do início, sou do time que admira o cara.

Uma mensagem no grupo e fui encontrar alguns amigos em um dos auditórios com mais de 500 lugares. Palestra do Cory Richards, alpinista e fotógrafo da National Geographic. Se o assunto era resiliência eu estava no lugar certo. O cara passou poucas e boas na vida: reformatório, vício em drogas, morador de rua, inquietação constante…Encontrou nas montanhas o remédio que precisava e na fotografia a profissão que queria.

Depois disso foi só porta na cara. Eu disse que o primeiro dia é osso. Porém, como falei no texto anterior, Austin é muito generosa quando você está disposto a entender o SXSW. Comer no headquarter do Whole Food, ir na IBM House, e encontrar várias pessoas na rua e trocar ideias é tudo o que me restou no dia…e isso foi bom demais.

O segundo dia promete.

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