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Até onde vai a relação Homem-Máquina?

A captação das emoções humanas já vem sendo trabalhada em sistemas que identificam micro-expressões através de reconhecimento facial, de voz e de biometria


12 de março de 2017 - 20h11

Várias discussões aqui em Austin tem como tema a evolução da maneira com que tratamos dados e como cada vez mais qualificar esse enorme volume de informações. Porém existe um tema mais profundo e extremamente complexo que trata diretamente a mudança na relação homem-máquina, que é a interpretação semântica das emoções, chamada de Emotional Intelligence ou Affective Computing.

Ao mesmo tempo que curioso fiquei assustado com o potencial de conhecimento que estes robôs terão, ou já tem, sobre nós. O conceito foi muito bem fundamentado na apresentação “Designing Emotionally Intelligent Machines”, onde a palestrante Sophie Kleber, diretora de inovações da Huge, mostrou um estudo com pessoas que já tem um contato diferenciado com tecnologias que propiciam uma maior interação como Amazon Echo e Google Home, e qual o impacto na vida dessas pessoas, gerando uma grande mudança do hábito de consumo e socialização.

A captação das emoções humanas já vem sendo trabalhada em sistemas que identificam micro-expressões através de reconhecimento facial, de voz e de biometria. Um exemplo interessante apresentado foi de uma empresa norte americana de e-learning que usa a tecnologia para avaliar seus alunos e entender o quanto de fato eles estão se desenvolvendo.

É incrível pensarmos que o cinema sempre foi e ainda é um dos grandes influenciadores de conceitos e tendências relativas a tecnologia, como os filmes apresentados pela palestrante, Ex-Machina e a animação Big Hero 6, que tratam de maneira intensa os pontos positivos e negativos dessa relação, e que em um dos casos acaba até em traição e morte.

A discussão ainda passa pelo ponto de vista ético, pois parte da ideia desenhada para o tema e da drástica mudança proposta, acontecerá a partir do momento que a Inteligência Artificial tiver poder de influenciar nossas decisões e atitudes uma vez que ela saberá interpretar nossos momentos de fraqueza ou excitação.

Ao final, posso dizer que fiquei com mais dúvidas do que soluções claras. Será que no futuro teremos que nos consultar com terapeutas robôs, será que estamos criando a famosa “Skynet” do filme Exterminador do Futuro, ou que vamos nos tornar pessoas sedentárias e chatas como na animação Wall-E?

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