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A audiência do YouTube cresceu (literalmente)

A plataforma, que já ultrapassa um bilhão de usuários, é cada vez mais fonte de entretenimento e informação por parte da geração X

Luiz Gustavo Pacete
14 de março de 2017 - 15h25

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Debate sobre geração X e YouTube

A geração X, daqueles nascidos no início da década de 1960 até o início dos anos 80, viu surgir o computador, a internet, o celular. Foram eles que sentiram na pele os desafios da transição tecnológica e os impactos disso em suas vidas e carreiras. Foi uma geração que criou vínculos extremamente fortes com a TV e sentiu certa estranheza ante a necessidade de adaptar-se ao novo mundo. Mas depois que provaram dele, nunca mais deixaram.

Essa descrição um pouco romântica ilustra a presença cada vez maior e intensa de integrantes dessas gerações de plataformas até então identificadas com os millennials como o Facebook e o Youtube. No caso deste último, tornou-se cada vez mais relevante para a geração X e vem observando uma presença cada vez maior desse grupo na plataforma. “Se antes o conteúdo do YouTube era feito por adolescentes para ser consumido por adolescentes, hoje ele está muito mais diversificado e consumido cada vez mais pela geração X”, diz Kate Stanford, diretor de advertising do YouTube que conduziu uma das palestras fechadas dentro do YouTube Corner, espaço da empresa montado no SXSW.

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YouTube Corner, montado na 5Th Street

Na discussão, Kate foi acompanhado por Shabnam Mogharabi, CEO da SoulPancake, produtora de conteúdo, que percebeu que o apego que antes algumas pessoas da geração X tinha à televisão é cada vez menor.

“Naturalmente, elas não abandonaram seus programas, mas elas gastam cada vez mais tempo em consumindo vídeo na internet e isso vem moldando a forma como se produz conteúdo para esse público”, diz Shabnam. Akash Pathak, diretor de marca e estratégia digital do McDonald´s Estados Unidos, confirma que essa mudança no perfil deste grupo de consumidores fez com que a marca atuasse mais fortemente em plataformas como o YouTube para ações que antes seriam muito mais tradicionais. “Tivemos exemplos recentes nas campanhas de nosso café da manha em que utilizamos cada vez mais o conteúdo voltado ao YouTube para falar com esse público”, diz Akash.

A entrada de um público mais velho nas plataformas digitais geralmente costuma afastar os mais jovens. É o caso do Facebook que passou a contar com um público cada vez maior de pessoas mais velhas entrando e possibilitando a demanda por plataformas mais discretas a esse público como o Snapchat, por exemplo, no entanto, para Kate no caso do YouTube é diferente já que o foco está muito mais na variedade de conteúdo do que propriamente da interação entre essas gerações. “Os teenagers produzindo e consumindo para teenagers continuam com todas as complementações de plataformas possíveis, mas a presença da geração x é cada vez mais real”, observa Kate.

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