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Vamos falar de telepatia?

E quando você é completamente surpreendido pelos avanços dos estudos nessa área?


14 de março de 2017 - 15h33

Quando você um nome de palestra que trás telepatia, você vai nem que seja por curiosidade, não é?

E quando você é completamente surpreendido pelos avanços dos estudos nessa área? Foi assim que me senti agora há pouco aqui.

A Dra. Mary Lou Jepsen é a definição de Girl Power: foi uma das idealizadoras do $100 laptop e fundadora do One laptop per Child, comandou a área de Display Division da Intel, também foi head da Display Division do Google (X) e ajudou a desenvolver o Facebook Oculus. Ela está na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo e na lista da CNN Top 10 Thinkers. Mas esse currículo de tirar o fôlego, parece pouco perto do que ela está fazendo atualmente na sua empresa Openwater.

Mary Lou está desenvolvendo técnicas não invasivas de telepatia, mind reading, mind sharing, ou como você quiser chamar. Eu, particularmente, mal sabia que rolam diversos estudos de técnicas invasivas. O trabalho é impressionante e está no caminho de desenhar uma espécie de chapéu que permite a comunicação sem a fala. Segundo ela, a nossa boca é muito mais lenta que o nosso cérebro. A comunicação pela mente seria uma espécie de última barreira da comunicação humana. Mary Lou faz parte daquele grupo de cientistas que não está discutindo inteligência artificial, mas sim a inteligência humana em todo o seu potencial. Como ela disse, não podemos falar só de AI (artificial intelligence), mas também de IA (intelligence augmentation).

Os usos potenciais desse tipo de tecnologia são infinitos, mas vou citar um que simplesmente me arrepiou: pessoas em estado vegetativo poderiam voltar a se comunicar, pacientes com morte cerebral diagnosticada ainda tem atividade cerebral e poderiam com esse device se despedir da família.

Essa é uma tecnologia que tem grandes implicações éticas, morais, e legais até porque qual o nível de invasão de privacidade ao entrar nos pensamentos das pessoas? Só de passagem a gente pode imaginar tipos de usos militar ou policial de um device assim. Ou mesmo, como ela brincou, os pais tem direito de ler os pensamentos dos filhos? Esse é um dos maiores desafios do projeto, trazer a ética ‘encoded’. As possibilidades vão de filtros ativados a até mesmo pensar leis que garantam que você só usará o device/chapéu quando quiser.

É um novo mundo fascinante. Talvez estejamos perto de tornar realidade os desejos românticos de ler a mente do parceiro, ou até, como diria Rita Lee, fazer amor por telepatia.

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