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O festival tem ficado ainda mais inclusivo e didático, genuinamente trabalhando duro para que todo mundo saia de lá melhor do que chegou


1 de março de 2018 - 8h17

Vou ao festival desde 2009. De lá pra cá, sinto que mudamos muito. Eu porque, entre outras coisas, superei o fato de que “tudo não terás”. O festival tem ficado ainda mais inclusivo e didático, genuinamente trabalhando duro para que todo mundo saia de lá melhor do que chegou. Esse não vai ser o primeiro nem o último guia que você vai ler sobre o festival. Acho que todo mundo que vai, volta com a sensação de que aprendeu, ao vivo, algo que gostaria que tivessem lhe contado antes.

Então aqui vai um pouco do que aprendi:

1. Abra o coração: você pode ser aquele inscrito modelo, que se programa direitinho antes de chegar lá. Que bom! Isso vai te ajudar também, mas deixe espaço para que o festival te surpreenda. Dedique um pouco da sua atenção para ouvir sobre o que as pessoas falam nas filas e para ler os cartazes espalhados pela cidade.

2. Acorde cedo: ótimas palestras rolam logo às 9h. Chegue com pelo menos 30′ de antecedência. Pelo tamanho da fila, você já vai sacar se conseguirá entrar ou não. Se não der, ainda terá tempo de tentar outras sem grandes perrengues.

3. Eleja seus temas: é claro que se você não gostasse de tecnologia, cultura digital, comportamentos emergentes, nem estaria indo, certo? Então faça um exercício de refinar ainda mais seus interesses e fechar os assuntos nos quais vai querer se mergulhar ao longo dos dias.

4. Desencane de andar em grupo: a experiência do festival é pessoal. Ponto. É claro que você vai encontrar amigos ou conhecidos o tempo todo, mas tente não ficar embarcando no rolê alheio, a não ser que, é claro, os interesses coincidam neste ou naquele momento. Talvez você pareça meio anti-social no começo, mas acredite, no final, todos vão te entender.

5. Guarde um tempo sóbrio ao final do dia: reserve um momento para escrever todos os aprendizados do dia ou discutí-los com as pessoas. Pode soar meio nerd, mas depois de dois ou três dias ouvindo e vendo um monte de coisa, tudo começa a se misturar e você pode sentir-se bem confuso. Use o consagrado duo papel/caneta, ou as notas do celular. Ache também quem esteja nesta vibe de trocar ideia.

6. Veja os filmes: já tem uns anos, o festival conquistou espaço no circuito de cinema independente. Há até quem diga que a curadoria está melhor que a do Sundance (mas vou evitar tal polêmica aqui). Fato é que tem muitos filmes bons estreando por lá e que, no corre-corre das palestras, muita gente acaba não dando atenção. Dedique um tempo a isso e saiba que o horário do almoço e o final do dia são ótimos momentos para tal. Se sua credencial for Platinum e você conseguir acordar cedo, dê um pulo no Convention Center, escolha o filme que quer ver e retire uma pulseirinha pra entrar sem fila na sessão.

7. Evite os painéis: esse formato, salvo raríssimas excessões, é chato, confuso e pouco inspirador. Muitas vezes, é um jeito de colocar um monte de nomes no mesmo palco e ter mais chance de lotar a plateia. Não é frequente os participantes conseguirem dar unidade à conversa e a sensação costuma ser menos de debate e mais de monólogos curtos. Prefira os talks solo ou os keynotes (palestras em formatos maior)

8. Desapegue e saia: você pode ter ouvido falar maravilhas dessa palestra ou daquelx palestrante. Vá lá e confira. Mas se dê o crédito de ir embora rápido se não bater pra você. Muita gente acaba ficando ali, esperando uma grande virada que quase nunca vem.

9. Situe-se: Austin é pequena, mas tem lá suas longas distâncias (20′-30′ caminhando). Confira exatamente onde são as palestras pra não descobrir na hora que você está “do outro lado do rio”.

10. Compartilhe: não vá ao festival e guarde tudo pra você. Antes de viajar, já deixe marcado um papo com o pessoal do trabalho ou mesmo com os amigos mais chegados. Isso ajuda a criar um compromisso na volta e garante que seus aprendizados vão tocar mais gente por ai.

Aproveite! E relaxe – ninguém vê tudo!

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