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É um baita privilégio

É uma programação tão intensa e com tanta qualidade que já estou caprichando na maracugina para acalmar a ansiedade


6 de março de 2018 - 10h52

Essa é a minha primeira vez em um evento internacional e assim, logo de cara, já será no maior festival do tipo no mundo. Eu considero essa experiência um super privilégio, tanto do ponto de vista pessoal como mercadológico. É uma programação tão intensa e com tanta qualidade que já estou caprichando na maracugina para acalmar a ansiedade. Quando penso nessa oportunidade, uma história específica vem à minha cabeça e me sinto ainda mais empolgada.

Ano passado, ao visitar o Metropolitan Museum of Art (Met para os íntimos), em Nova York, vi grupos de crianças com seus professores passeando pelo museu. Eles aprendiam, direto na fonte, coisas que eu só conhecia pelos livros. Vi estudantes de desenho fazendo esboços do quadro ‘Bridge over a Pond of Water Lilies’, o meu preferido de Claude Monet (aliás, o pintor que mais amo na vida) olhando direto para a obra. Enquanto eu, em êxtase e com lágrimas no olhos, não conseguia conter a minha alegria em ver aquela peça, os moradores da cidade agiam naturalmente.

Foto da obra Bridge over a Pond of Water Lilies que tirei ao me deparar com meu quadro preferido enquanto disfarçava umas lágrimas teimosas e mão tremia um pouquinho (crédito: divulgação)

Isso me fez pensar um pouco sobre privilégios culturais. Estando em um país com pouco investimento em cultura é raro (pra não dizer impossível) ter a oportunidade de ver obras como essa frente a frente – e olha que fui uma criança que frequentou museus e teve a sorte de ter professores inspiradores. Ou seja, mesmo que privilegiados, nós ainda estamos alguns passo atrás na possibilidade de adquirir conhecimento. Aprendemos com cópias, livros, depoimentos, com mestres que também aprenderam nos livros. Se analisarmos a educação no Brasil, isso já é ótimo, mas é bem diferente do que aprender direto da fonte.

Traçando um paralelo com a minha ida ao SXSW, eu me sinto, mais uma vez, privilegiada. E por que não dizer emocionada? Nos eventos brasileiros de marketing, que estão cada vez melhores, temos a chance de ver muita gente boa, é verdade. Mas quando comparamos com um evento do porte do SXSW, fico feliz em saber que figuras que sempre admirei e são exemplos para mim estarão ali ao lado, e eu poderei escutá-los bem de perto.

É muita coisa acontecendo, muita gente boa nos palcos, muitas empresas incríveis fazendo ativações absurdas de legais. Serão milhares de palestras, meet-ups, workshops, tudo trazendo bons conteúdos, e sem contar nas festas e happy hours que trarão uma oportunidade única de trocar ideias com gente da área.

Seja na experiência autêntica de Westworld, criada pela HBO, ou nas programações de marcas referência como o Twitter, Facebook, Mashable, Pinterest, YouTube, para mim, a experiência vivida será inesquecível.

Chegaremos lá no dia 9 de março, por volta das 10h, e já sairei correndo para assistir o Bernie Sanders, atual senador pelos Estados Unidos que disputou com Hillary Clinton as prévias para presidência do país nas últimas eleições. É desse nível de qualidade de palestrante que estou falando! E isso é só o começo.

Durante todo o evento tentarei participar de algumas das várias discussões sobre gênero e empoderamento feminino que rolarão por lá. Para mim, que gosto e estudo o tema, é uma oportunidade maravilhosa de ouvir mulheres incríveis dividindo o que fizeram, o que estão fazendo e o que farão no mundo, no audiovisual, no marketing, na vida. Referências são importantíssimas na criação da mulher que já sou e que pretendo ser.

Além disso, será interessante ver como as marcas estão lidando com essas mudanças de paradigmas, de que forma a amplitude de gêneros e o girl power estão modificando nossa indústria, e se essa mudança é real ou apenas um engana trouxa.

Até lá!

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