O VR pode transformar atletas da NFL em “máquinas”?
Foram nos treinamentos da equipe de Stanford que Derek Belch, fundador e CEO da Strivr Labs, percebeu que a realidade virtual poderia levar o futebol americano a outro patamar
Foram nos treinamentos da equipe de Stanford que Derek Belch, fundador e CEO da Strivr Labs, percebeu que a realidade virtual poderia levar o futebol americano a outro patamar
Luiz Gustavo Pacete
11 de março de 2018 - 6h27
A última edição do Super Bowl, em fevereiro, que reuniu em campo Dallas Cowboys e Philadelphia Eagles contou com um diferencial no desempenho dos atletas: o uso do óculos de Realidade Virtual (VR) nos treinamentos. Ainda que não apareça nos jogos, o equipamento e a tecnologia fazem parte do cotidiano de uma série de times da NFL que como Arizona Cardinals, San Francisco 49ers, Minnesota Vikings e New York Jets.
A adesão do VR na NFL ocorre pela obsessão de Derek Belch, fundador e CEO da Strivr Labs, em contar com a tecnologia imersiva para transformar atletas “em máquinas de desempenho”. A origem de Derek são os próprios campos de futebol americano. Durante muitos anos, ele foi assistente da equipe da Universidade de Stanford onde descobriu que a utilização de tecnologias imersivas poderia elevar o desempenho dos atletas. “Nos próximos cinco anos, a educação será a área mais promissora para a utilização do VR”, disse Derek, em participação no SXSW, nesta sexta-feira, 9.
Em 2001, Derek estudava no laboratório de interação humana de Stanford e estava convencido de que o VR poderia ajudar seus colegas jogadores a se prepararem de forma mais eficiente do que as filmagens tradicionais. Na época, a tecnologia não era suficientemente madura para tornar os sonhos de Belch realidade, mas ele viu potencial e seis anos depois, tornou-se assistente de treinador em Stanford e começou a trabalhar lado a lado com o desenvolvimento dos jogadores.
Em 2015, Derek fundou sua empresa e passou a fornecer a tecnologia para várias equipes da NFL. “À medida que avança a tecnologia, enxergamos oportunidades para não só para as equipes, mas também para o uso do VR em qualquer tipo de treinamento de imersão”, afirma. Recentemente, Derek iniciou negociações para ampliar sua participação em treinamentos da NBA.
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