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Criando conexões emocionais com carros autônomos

Acredite que as pessoas conversam com seus carros


12 de março de 2018 - 12h45

(Crédito: divulgação)

É fato. Muitas gerações tiveram um carro como o primeiro brinquedo de criança, e é inegável a nossa relação emocional (especialmente no Brasil em que o carro é um ícone de status e sucesso profissional). Essa relação faz com que muitas pessoas criem vínculos a ponto de conversarem com seus carros durante os percursos. Para ser mais preciso, 41% dos motoristas o fazem.

Em uma brilhante apresentação, Pamela Pavliscak da Change Sciences (consultoria em futurologia) apontou previsões de como as fontes de dados podem ou poderão se tornar poderosos ativos para criar ainda mais “conversas” entre os passageiros e os carros. Especialmente agora em que os carros autônomos não precisarão de motoristas, e as pessoas poderão aproveitar o tempo livre no trânsito para diversas atividades. Mesmo com as mãos no volante, hoje as pessoas reconhecem que já comeram enquanto dirigiam (70%), tiveram discussões de relações (66%),
trocaram de roupa (56%) ou fizeram sexo ou se masturbaram no carro (42%). Com as mãos livres no volante, o veículo terá um papel fundamental em entreter, informar e se relacionar com as pessoas de forma empática. E ao que tudo indica, isso vai mesmo acontecer. Hoje 37% dos usuários de assistentes pessoais já conversam com os gadgets como se fossem pessoas reais 27% dos jovens de 18-24 anos dizem que teriam um relacionamento com um robô.

A capacidade de detectar as emoções das pessoas passa por várias análises combinadas. Percepção, Neurofísica, Social e Comportamental. E as máquinas poderão fazer isso melhor do que humanos em 2022 através da análise de diversas fontes de dados.

Confira alguma das fontes de dados que ajudarão um carro a ler as nossas emoções e interagir conosco:

Acelerações e paradas bruscas.

Força no bater da porta.

Volume e conteúdo do rádio.

Perfis sociais.

Conversas que acontecem dentro do carro.

Número de passageiros.

Gestos da mão.

Monitoramento cardíaco.

Uso do celular.

Expressões faciais.

Análise da voz.

Histórico de trajetos.

Aceleração.

Condições gerais de trânsito, clima, acidentes e etc.

Depois da indústria automobilística disputar por décadas amenities como segurança, motor, design e acessórios, agora também vai disputar quem oferece o melhor entretenimento, conteúdo e experiência no trânsito.

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