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Construindo marcas na era digital

Juntei dicas da Shama Hyder, uma super influencer de social media e dona de uma agência de mídia digital, com insights da palestra do indiano Rohit Bhargava


13 de março de 2018 - 21h42

Nesse artigo vou juntar 2 conteúdos que assisti que se relacionam com construção de marcas na era digital. E já que os americanos adoram fazer seus top 5 super dicas de qualquer coisa, vou fazer os meus próprios top 7, ok?

Bom, vou falar um pouco das dicas da Shama Hyder, uma super influencer de social media, dona de uma agencia de mídia digital e autora de alguns livros bacanas sobre o tema. E vou juntar os insights da palestra do indiano Rohit Bhargava, sobre as 07 não-obvias tendências para 2018 (https://pt.slideshare.net/rohitbhargava/2018-nonobvious-trend-report-sneak-preview). Segundo o autor do livro com mesmo tema, a verdade está com sérios problemas de marketing e está na hora de lidarmos com isso de uma maneira diferente.

01) Focar no consumidor: aqui parece meio obvio já que estamos falando muito de “consumer centric brands”, mas vale a reflexão sobre porque as pessoas compartilham o que compartilham nas redes sociais. Segundo Shama Hyder, as pessoas participam das redes sociais principalmente para mostrarem sua própria identidade, e só depois é que vem o tema de criar conexões com outras pessoas. Nesse contexto, a provocação é como as marcas podem ajudar as pessoas a se expressarem nos canais digitais. Ou seja, estamos falando menos sobre historias da própria marca auto centradas, mas sim como elas podem gerar os instrumentos para que estejam inseridas nas histórias das pessoas na sua forma de auto expressão. Ex: loja Moleskini que tem café e espaço para as pessoas expressarem sua criatividade. Os bancos que passaram a oferecer educação financeira as seus clientes.

(Crédito: divulgação)

02) Curadoria de conteúdo: em tempos de sobrecarga de informações, um papel relevante para as marcas é ajudar sua audiência sobre o que realmente pode ser relevante para ela. As pessoas passam a valorizar fontes de informação confiáveis que transformam o volume de conteúdos disponíveis no dia a dia, em algo prático e que agregue valor. Vale pontuar que 99% dos conteúdos produzidos pelas próprias marcas não geram resultados significativos – 50% dos conteúdos criados tem zero compartilhamento e somente 0,1% tem mais de 1.000 compartilhamentos. Temos que parar de produzir conteúdos para nós mesmos e olharmos o faz sentido para a audiência. Nesse sentido, uma boa saída para as marcas é entender as fontes de informação já disponíveis e potencializá-las. Ex: Pinterest tem o papel de curador de ideias e inspirações sobre diversos temas. KIT.com – site que agrupa dicas de pessoas experts em determinados assuntos.

(Crédito: divulgação)

03) Integração de canais e mensagens: parece que esse ponto é algo já bastante explorado, mas vale sempre reforçar que o consumidor hoje em dia é multicanal e espera experiências integradas entre os canais de uma marca. As marcas devem oferecer uma experiência sem fricção e manter consistência entre as mensagens, canais e conteúdos. Consistência é aquilo que você repete todos os dias, em tudo que publica. O desafio é entender o papel de cada um dos canais no contexto do cliente, para aplicar a mensagem certa no momento certo.

04) Valorizar os contatos humanos: quanto mais tecnologia temos, mais valorizamos os contatos humanos. Como as marcas podem oferecer essa reconexão entre as pessoas, e possa ajudar quem precisa criando empatia e sensibilidade. Adorei o exemplo do checkout lento da Tesco (Tesco Relaxed Checkout Line). Na contramão da vida acelerada, dedicam um checkout para quem tem alguma necessidade especial e precisa de mais tempo. Ou outro exemplo lindo é o “Human Library”, onde você pode “comprar” histórias de voluntários que através de conversas compartilham suas próprias trajetórias de vida.

(Crédito: divulgação)

(Crédito: divulgação)

05) Repensar canais de distribuição: os modelos tradicionais de distribuição estão sendo reinventados para gerar mais eficiência, criar conexões diretas com os consumidores e repensar os próprios modelos de negócio. O insight aqui é exercitar um olhar diferente sob o que fazemos e como fazemos hoje e usar a tecnologia para apoiar nesse processo. O próprio modelo de mídia tradicional está reiventando sua forma de distribuicão, exemplo do The New Your Times e Wall Street Journal que abriram seus estúdios de conteúo (T Brand Studio e WSJ Custom Studio). Outros exemplos inspiradores: Deliveroo, rede de delivery de restaurantes que está construindo cozinhas somente para o serviço de delivery (dark kitchen), sem os custos de construir um restaurante tradicional. Flexe – marketplace de centros de distribuição.

(Crédito: divulgação)

06) Valorizar as imperfeições: se marcas estão ficando mais humanas, crie uma personalidade e torne a marca mais desejada. Esse foi um dos conteúdos que eu mais achei interessante por lidar com transparência e autenticidade nos níveis mais altos. O case mais marcante foi da rede de hotéis Hans Brinker que deixa bem claro aos clientes o que esperar quando chegam por lá (sujeira, camas ruins, barulho, mas preços baixos). Porque as pessoas iriam querer ficar num hotel nessas condições? Primeiro porque está muito claro que os preços são mais baixos por tudo isso (proposta de valor fiel), e as pessoas adoram contar que sobreviveram a essas condições. Vale a pena ver as comunicações da marca:

(Crédito: divulgação)

(Crédito: divulgação)

(Crédito: divulgação)

07) Ousar e Inovar: num mundo onde Facebook e Google decidem o que mostrar para as pessoas conforme seus padrões de consumo e consulta, que tal exercitar um olhar diferente e ir ao contrário do que seria o obvio? Rohit provoca testarmos isso nas nossas próprias vidas, comprando uma revista que você nunca compraria, falar com pessoas que você normalmente não falaria, ir para um festival de música que não seria a sua escolha. Um excelente exemplo desse movimento é a nova série lançada pela Netflix chamada Slow. Cada episodio tem 8 horas de conteúdos praticamente estáticos, como acompanhar as lenhas de uma fogueira sendo queimadas.

(Crédito: divulgação)

O mais bacana de tudo isso é a provocação para que as marcas sejam mais humanas e criem suas próprias identidades. Através da criatividade, de um proposito muito claro e autenticidade, caminhos muito interessantes podem ser desenvolvidos na nova economia.

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