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Inteligência nada Artificial

Quando se está no meio do tiroteio de AI, VR, AR, predição, parece que seremos vítimas de uma grande invasão e nada podemos fazer para detê-los


13 de março de 2018 - 12h38

Juntando um pouco de tudo o que vi nesses últimos dias, jogando em caldeirão e dando uma mexidinha, bateu um certo alívio. O ser humano ainda tem vez.

Tudo o que se fala e faz de tecnologia é feita por seres humanos. Parece óbvio mas quando se está no meio do tiroteio de AI, VR, AR, predição, parece que seremos vítimas de uma grande invasão e nada podemos fazer para detê-los.

Calma lá.

(Crédito: divulgação)

Tim O’Reilly, por exemplo, mostrou o quanto a tecnologia pode nos ser benéfica. Só depende de nós sabermos usá-la. Ao invés de drones entregando pizza, drones levando remédio para lugares distantes e de difícil acesso. Expanda isso para qualquer tipo de suprimento…Segundo o criador dos termos “open source” e Web 2.0” a automação de tudo é necessária e benéfica. Para O’Reilly o ser humano ainda tem muito problema para ser resolvido. As grandes questões serão como educar as pessoas com conhecimento para as novas funções e trabalhos, como distribuir melhor a riqueza, cuidar da alimentação e meio ambiente. Inteligência artificial, automação e robôs serão muito importantes para todos esses pontos.

Um exemplo que ele usou foi o da Amazon: desde que a empresa instalou 45.000 robôs em seus processos de logística, 200.000 novos funcionários foram contratados no escritório.

(Crédito: divulgação)

O’Reilly é um crítico de gestões que buscam apenas o resultado pelo resultado. Ele defendo a melhoria dos funcionários e não simplesmente a constante substituição. Uma gestão centrada na pessoa.

Esse é o mesmo ponto defendido por Daniel Pink, autor do livro WHEN: The Scientific Secrets of Perfect Timming. Em sua palestra ele dá vários exemplos de quanto muitas empresas estão focadas em aumentar suas receitas e adotar tecnologias sem se importarem com o mais importante: as pessoas que farão isso acontecer. Pink mostra claramente, por exemplo, que as pessoas tem ciclos ao longo do dia e que isso influencia e muito as tarefas que elas tem que fazer. Em um dos exemplos ele mostrou o quanto reuniões marcadas depois das 4 horas da tarde tem resultados piores dos que as feitas antes desse horário. Uma pesquisa da Universidade de Yale mostrou que a performance de uma tarefa feita no “ponto alto” do dia e outra feita no “ponto baixo” do dia, equivale ao efeito de ter bebido a ponto de chegar no limite permitido por lei para dirigir. É científico e é bizarro. Não levar isso em consideração é negar a realidade. Realidade real e não virtual.

As linhas estão cada vez mais tênues e invisíveis. Será cada vez mais difícil detectar a tecnologia em si, e isso não é necessariamente ruim, até que um algoritmo prove o contrário.

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