Tela é coisa da geração passada
Assistentes pessoais, como Google Home, Siri e Amazon Echo, vão substituir o mobile first
Assistentes pessoais, como Google Home, Siri e Amazon Echo, vão substituir o mobile first
13 de março de 2018 - 11h38
Em três anos, 30% da navegação na internet vai ser feita sem o auxílio de uma tela. Christopher Ferrel, Digital Strategy Director na Richards Group, explicou em seu painel como isso vai acontecer. Ele afirmou que assistentes pessoais, como Google Home, Siri e Amazon Echo, vão substituir o mobile first.
Para ilustrar essa vontade humana de falar com máquinas, Ferrel relembrou o IBM Shoebox, criado em 1961 e que entendia a voz humana para executar operações matemáticas simples. Hoje, assistentes artificiais inteligentes conseguem te ajudar montando sua lista de compras do mercado ou tocando Kenny G quando você chega triste do trabalho, tudo com um breve comando de voz.
Além disso, a naturalidade de realizar essas pequenas tarefas falando apenas uma frase contribui também para a acessibilidade de pessoas com necessidades específicas. Interfaces ativadas por voz para pessoas que não podem acessar ou ver telas tornam-se extraordinariamente relevantes.
E a publicidade, como fica?
Olhando o lado das agências, para mim, isso reforça algo que já havia ficado como resíduo do festival do ano passado: teremos mais um público para criar comunicação, as IA.
Hoje, enquanto temos uma navegação mais passiva na qual rolamos a tela em busca de algo que nos chame a atenção, esperamos que o algoritmo que monitorou nossos hábitos nos apresente os anúncios mais pertinentes. Com o uso da voz, vamos ser mais específicos em nossos pedidos. Então, quando alguém perguntar ao assistente qual é o melhor restaurante da cidade, por exemplo, precisaremos convencer o dispositivo a indicar ao seu humano que o ideal é o restaurante do nosso cliente.
Ok, Google! Como isso será feito? Por compra de mídia? Por qualidade de conteúdo? Por avaliações? Cri cri cri… Seguimos sem resposta.
Agora, uma coisa é benefício incontestável: as pessoas vão parar um pouco de olhar para o smartphone e vão voltar a olhar para cima. “Heads-down to chin-up”, segundo Ferrel. Quem sabe, as clínicas de ortopedia voltem ao seu volume de atendimento anterior.
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