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A próxima geração de conteúdo para o marketing

Hoje eu assisti uma das sessões mais interessantes da minha estadia no SXSW


14 de março de 2018 - 21h21

Hoje eu assisti uma das sessões mais interessantes da minha estadia no SXSW. Foi a sessão Next-Gen Content Marketing: Reaching Digital Natives. Foi uma das sessões que respondeu uma das minhas grandes questões no qual eu vim buscar aqui: qual será o próximo passo da criação de conteúdo para o marketing?

Tivemos na bancada o Brian Monahan do Pinterest e a Christine Morrison da Intuit, cada um com uma visão sobre o futuro do conteúdo, extremamente complementares.

O Brian mostrou grandes novidades do Pinterest e destacou o seu conceito sobre a câmera ser o novo teclado, afinal os dispositivos móveis são muito melhores para imagens do que para texto.

Pensando que praticamente tudo começa com uma busca ou descoberta, Brian destaca duas formas de pensar em conteúdo, sendo a primeira baseada em intenção e a segunda baseada em modalidade de busca.

O modelo baseado em intenção é o que nós já conhecemos quando alguém vai até o Google e busca algo que quer encontrar. É o momento onde a pessoa já tem uma intenção e vai atrás do conteúdo através de buscadores. Portanto, esse é o universo mais conhecido e explorado pelo SEO e inbound marketing.

O modelo baseado em modalidades é o que nós temos experenciado quase todos os dias através do Facebook e Instagram, descobrindo novas coisas através dos feeds. No entanto, quando pensamos no futuro pós-digital, onde teremos dispositivos mais poderosos em nossas mãos, com realidade aumentada nativa, nós passaremos a descobrir novas coisas com base em ações como apontar a câmera para um tênis e achar informações sobre, ou mesmo apontar a câmera para uma comida e saber quantas calorias deve ter ali.

O Pinterest está lançando algumas novidades que preenchem mais o espaço das modalidades de descoberta, como:

• Lens – você pode apontar a câmera para qualquer coisa e achar mais conteúdo sobre no Pinterest;

• In Photo – poder clicar em artigos e produtos dentro de uma imagem;

• Flashlight – Você pode focar em algum objeto dentro da imagem, como um crop, e o Pinterest busca mais conteúdo pra você;

(Crédito: divulgação)

• Guided Search – que te ajuda visualmente a achar o que procura através das categorias e subcategorias detectadas automaticamente;

• Pincodes – QR Codes para serem distribuídos em qualquer lugar, principalmente em revistas e ações offline;

(Crédito: divulgação)

Por conta dessa modalidade de conteúdo, é importante as marcas começarem a dar mais atenção para o Pinterest e para o SEO em imagens, como por exemplo, fazer DIY em infográficos e não somente em vídeos.

O conteúdo para essa modalidade baseada em descoberta tem que conter um mix de características para funcionar bem:

• Conter algum insight;

• Ser vertical;

• Fazer as pessoas quererem salvar o conteúdo;

O mundo do conteúdo será cada vez mais visual e menos texto. Isso eu não tenho dúvidas.

Já a Christine mostrou um framework muito interessante que prova que a próxima geração de conteúdo é o conteúdo de marca baseado no conteúdo criado pelo próprio consumidor, mais conhecido como UGC.

É fato de que o UGC tem grande poder de influência social, mas o destaque foi que esse tipo de conteúdo tem que estar mais presente em todas as frentes da comunicação da marca. Através de algumas metodologias de persuasão e uma espinha dorsal definida pelo risco das pessoas, é possível planejar como fazer isso. Veja:

(Crédito: divulgação)

Sim, eu sei que a imagem está difícil de ler, mas conseguir um bom lugar aqui na sala é coisa rara! Mas, eu descrevo abaixo um resumo.

Herd Mentality – Conteúdos baseados em técnicas para fazer as pessoas falarem. Em geral técnicas para gerar likes, comentários e compartilhamentos se encaixam aqui. Conteúdos baseados em comentários, enaltecendo o usuário, é um exemplo.

FOMO (Fear of Missing Out) – são conteúdos baseados em escassez para fazer as pessoas quererem falar sobre algo ou compartilhar algo que traga algum senso de urgência. Falar sobre uma promoção no Instagram Stories, por exemplo.

(Crédito: divulgação)

Tribe – são conteúdos no qual incluem uma pessoa no grupo. Em geral depoimentos se encaixam aqui.

(Crédito: divulgação)

Tusted – são conteúdos feitos por influenciadores.

(Crédito: divulgação)

Triangulate – são conteúdos que usam todos os aspectos acima. Usado geralmente para convencer usuários com um alto medo de tomar uma decisão errada. Portanto, ao entregar conteúdo gerado pelo usuário que contenha todos os aspectos acima, o risco da tomada de decisão é diminuído.

(Crédito: divulgação)

Portanto, pensar em UGC baseado no objetivo de reduzir o medo do consumidor é uma forma bem interessante de se planejar conteúdo.

Eu espero que esses insights te ajude a pensar na próxima geração de conteúdo para o marketing, que é cada vez mais baseado em conversão.

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