Inovação, criatividade e times
Tudo isso pode ser encarado como tendência, mas para mim tudo isso já é realidade
Tudo isso pode ser encarado como tendência, mas para mim tudo isso já é realidade
14 de março de 2018 - 11h06
Nos últimos dois dias, assisti três palestras que abordaram um pouco dos temas no título descritos. A IDEO, uma empresa de global de design, estudou mais de 200 empresas e encontrou seis qualidades essenciais que impulsionam a criatividade e a inovação. São elas: experimentação, colaboração, empoderamento, refinamento, propósito e olhar para fora.
O diretor geral da IDEO, David Aycan, falou sobre cada uma delas. Se eu tivesse que escolher alguma para citar como principal, não conseguiria. Pensei um pouco a respeito e acho que consigo ficar com duas: empoderamento e propósito.
Para David, empoderamento é criar um caminho claro para as pessoas, e confiar de que elas vão fazer as coisas certas. Capacitar nas ferramentas adequadas e dar condições que as pessoas lidem com os desafios a partir de seus próprios julgamentos.
Propósito, por sua vez, é a razão clara de uma empresa existir, além de ganhar dinheiro. Por que estamos fazendo isso e não qualquer outra coisa no mundo? Quais as pegadas que vamos deixar? Qual o nosso legado? Isso ajuda a levar as pessoas para um caminho comum, e também permite que pessoas com os mesmos valores se unam, fazendo com que elas trabalhem melhor.
Pensando um pouco melhor, acho que fico com o propósito.
Na tarde de ontem assisti duas sessões, uma com o CEO da Evernote, Cris O’Neill, e outra com o VP de design para produtos de colaboração da Cisco, Torkel Mellingen. Ambas abordaram temas relacionados a times.
Cris disse que B2B e B2C são construções mortas, que o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal foi substituído por uma mistura de trabalho com vida pessoal, e que no final os consumidores são sempre pessoas.
Disse ainda que as pessoas estão sobrecarregadas de informação, que organização é pessoal, e não que times são o futuro do trabalho, pois são 50% mais produtivos que indivíduos trabalhando sozinhos. Ele defende, portanto, a adoção de um novo modelo mental que cria soluções/negócios individuais para times.
Já Torkel disse que vivemos a era dos times, e que a era dos gênios individuais acabou, já que os desafios atuais são muito complexos para uma mente só resolver.
Ele falou também sobre agilidade e colaboração nos processos como fatores críticos para o sucesso, e que o empoderamento – olha ele aí de novo – expande relacionamentos e visões de mundo.
O SXSW é marcado por temas e debates que geram reflexão, e que nos levam a tirar algum tempo para pensar sobre como estamos conduzindo nossas equipes e nossos negócios. Tudo isso pode ser encarado como tendência, mas para mim tudo isso já é realidade.
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