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Sobre precisar ser otimista com relação a Inteligência Artificial

A grande maioria dos conteúdos que assisti até agora no SXSW colocaram AI e VR sob holofotes, como todos já sabiam


14 de março de 2018 - 15h27

A grande maioria dos conteúdos que assisti até agora no SXSW colocaram AI e VR sob holofotes, como todos já sabiam. Mas, cada uma das palestras trouxeram essas tecnologias em contextos diferente.

Quando Kurzweil, futurologista do Google e da Singularity University, subiu ao palco para falar sobre o poder das ideias para transformar o mundo, confesso que achei pretensioso e otimista.

Esse otimismo com relação a como a inteligência artificial vai transformar o modo como vivemos é reconfortante, afinal, somos pessimistas com relação à melhora da vida na terra. Isso porque temos acesso às más notícias com muito mais velocidade e, com isso, nossa percepção é de que estamos sem boas perspectivas.

Kurzweil nos deu um panorama diferente: nós estamos no nosso melhor momento, as notícias sobre o futuro são melhores que antes e a Inteligência Artificial está no centro das soluções dos problemas da humanidade.

Mas, pra mim, o ponto alto dessa palestra foi quando trouxeram uma afirmação de Elon Musk, fundador da SpaceX, para a discussão: “AI is more dangerous than nukes”.

AI e Machine Learning são como os cachorrinhos fofos que você acabou de conhecer e que parecem inofensivos, mas que podem te dar uma mordida a qualquer momento. Falou-se muito sobre os riscos do uso dessa tecnologia e da possível perda de controle do uso das informações.

Se Machine Learning aprende de humanos e alguns de nós temos sérios problemas morais, isso seria um problema ainda maior. Portanto, os humanos que ensinam precisam ser os melhores professores. E, a educação nesse (e em todos os casos) é o pilar mais importante para o sucesso dessa tecnologia.

Por isso, essas novas tecnologias necessitam de uma regulamentação própria que permita avaliarmos de forma criteriosa as reais intenções de uso.

Riscos existem, mas todos ali acreditavam que é preciso ver o copo cheio.

Nenhuma tecnologia que surgiu nos últimos tempos teve sucesso no primeiro ou segundo ano. É preciso ter paciência, aprender com os erros, reprogramar, confiar nos talentos que estão por trás das start ups e grandes empresas e acreditar que o mundo dos nossos netos terá problemas diferentes, mas não mais os nossos problemas.

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