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E o Interactive Innovation Awards?

Ela é uma premiação dentro do SXSW Interactive que ocorre nos últimos 21 anos


27 de março de 2018 - 11h27

Um assunto que todo ano eu leio e me aprofundo do SXSW é o Interactive Innovation Awards, ela é uma premiação dentro do SXSW Interactive que ocorre nos últimos 21 anos, e este ano que estive aqui presente ao vivo foram 13 categorias:

AI & Machine Learning
Health, Med & BioTech
Innovation in Connecting People
Music & Audio Innovation
New Economy
Privacy & Security
Responsive Design
Scifi No Longer
Smart Cities
Student Innovation
Visual Media Experience
VR & AR
Wearable Tech

Destas 13 quero destacar apenas 3 que são “Ai & Machine Learning”, “VR & AR” e “Visual Media Experience”, não necessariamente destacar mas sim os assuntos que me interessaram e que fui buscar este ano aqui no SXSW, e também o que foi possível no tempo que reservei para o Innovation Awards, imagine que são 13 categorias e 5 finalistas por categoria, ou seja, muito coisa pra ver, conversar, entender e absorver.

AI & Machine Learning
Nesta categoria dos 5 finalistas eu consegui falar com 2 finalistas para entender quais eram os produtos inscritos e os objetivos. Aqui na premiação em Austin é dado como vencedor o “sistema digital que têm a capacidade de se adaptar à mudança de dados, estímulos e circunstâncias; replicação de aprendizagem, resolução de problemas e cognição” (Descrição da própria categoria).

O eBALLution foi um dos 2 que acabei conhecendo, ele é legal como tecnologia e entretenimento, mas não o melhor em AI. Aqui é a junção entre o físico e o digital, a tentativa de em um único produto juntar o jogo digital com o jogo físico, neste caso o tênis de mesa, talvez esta tenha sido a motivação desta empresa japonesa (de Tokyo) e ter criado este sistema bem complexo. Com a junção de Deep Machine Learning e Computer Vision (utilizando câmeras 4k) eles conseguiam prever onde a bolinha iria cair na mesa e assim desta forma a interação entre a bolinha cair na mesa e a projeção do jogo era de apenas 0.1 segundos tornando o game realmente muito interativo e com isto não era necessário ter uma mesa interativa ou capacitiva que aumentaria o custo e muito do projeto.

O outro foi Woebot que é um chatbot que ajuda as pessoas com Cognitive Behavioral Therapy ou CBT, que é um diferente abordagem para a saúde mental. Ele ensina as pessoas as habilidades que elas precisam para se ajudarem e segundo eles isto é provado que funciona pela ciência. A grande diferencial dele é

“Estou pronto para ouvir, 24/7. Sem sofás, sem remédios, sem coisas de infância. Apenas estratégias para melhorar seu humor. E a brincadeira ocasional”.

Este produto me remete a uma sessão que não pude participar, mas que discuti com 2 amigos que foram cada um da sua forma que foi “Robot Meets Freud: Bots in Mental Health” que foi um painel que discutiu o uso de chatbots com a abordagem psicológica, ajudar em tratamentos, diminuir o impulso para o consumo de drogas e ao suicídio. Hoje nos EUA para atender a “demanda” teria que aumentar o quadro de profissionais em quase 40x o atual e que os bots tem ajudado e pode ajudar ainda mais.

O vencedor da categoria foi o Swarm AI, infelizmente não consegui falar com eles, mas resumidamente (mais detalhes no video abaixo) é uma plataforma baseada na cloud que capacita grupos de pessoas de todo o mundo a amplificar sua inteligência, pensando em sistemas unificados, conectados por algoritmos AI é o conceito de “Swarm Intelligence”.

VR & AR
Os finalistas e premiado são aqueles que de alguma forma criaram uma experiência, software/plataforma ou hardware em VR / AR e criaram algum tipo de disrupção. Dos que tive oportunidade de conversar destaco 2 projetos finalistas e inclusive o vencedor.

Maestro da Penrose Studios em São Francisco, CA é uma plataforma que “Empowering VR Storytelling Through Social Collaboration”, imagine uma plataforma feita para que o time entre em um ambiente virtual, independente de localização geográfica e discuta o que eles estão criando em VR, vejam os objetos criados, as perspectivas, se esta como imaginado, mas em time, uma sala VR de reunião do trabalho em real time. Eles utilizam esta plataforma pra criar e discutir todos os trabalhos da Penrose Studios como o Arden’s Wake.

O “behind the scenes” deste projeto e como foi a colaboração utilizando a plataforma Maestro que eles criaram.

Outro projeto muito legal e que já conhecia desde o ano passado e pude conversar com o pessoal aqui em Austin é o Quest to LEGOLAND, a ideia é simples como deixar uma viagem para a LEGOLAND na Florida algo mais divertido e educativo. A maioria dos visitantes que vão para a LEGOLAND vem de estados distintos e distantes (a Geografia do EUA é grande) então aquela famosa frase das crianças “Já chegamos?” é comum, então o APP criado é um GPS divertido que independente de onde você vem ele cria um mapa com Quiz divertidos, mini jogos para você descobrir Museus, Lagos, Montanhas, Parques Nacionais e Lugares Históricos, desta forma divertindo e educando as crianças durante o percurso. Uma forma de aumentar a realidade atual que é “boring”, por isso era um dos finalistas de Augmented Reality.

O vencedor da categoria foi o Maestra da Penrose Studios.

Visual Media Experience
No innovation esta categoria seleciona e premia os projetos, instalações que provocam uma experiência mais imersiva e com engajamento, eu consegui dar uma olhada em 3 dos 5, alguns com mais profundidade pois visualmente me interessaram mais que foram:

Unseen Stars da GE, fez uma homenagem a 12 mulheres cientistas e engenheiras com uma Projeção Mapeada de 7 minutos (“f…da”, desculpe o francês) no famoso teto das constelações do Grand Central Terminal em NY mostrando estas estrelas reconhecidas no mundo científico mas desconhecidas da grande população, transformando-as em novas constelações e mostrando seus feitos. Durante 3 dias de 19 a 21 de Setembro de 2017 esta projeção foi exibida para um público diário de 750.000 pessoas, sendo feita o dia inteiro, em qualquer condição de luz, por este motivo teve que usar 36 projetores para compensar e vencer a luz do sol que entra pelas janelas e portas do terminal.

Aqui você pode conferir o video 360o feito durante uma das projeções de 7 minutos que ficava em loop durante os 3 dias.

E aqui contando um pouco mais da ação.

A Bluecadet uma agência da Filadélfia especializada em instalações interativas foi chamada pela NASA para criar uma experiência imersiva chamada Data Lens com todos os dados da Terra e seu sistema ambiental no NASA’s Goddard Visitor Center. O resultado é uma interação multiusuário com uma “baita” e rica visualização de dados, com o Data Lens as pessoas podem ver o mundo como os cientistas da NASA estão acostumados a ver.

E por último o campeão temos LEGO House Fish Designer, um projeto feito para o LEGO House (que fica em Billund, Dinamarca) em parceria com a Trigger Global. A experiência é simples e com um visual muito legal, você monta o seu peixe com as pecinhas de LEGO, de qualquer jeito, escanea, decora com olhinhos e pronto ele será transportado e ganhará vida no aquário digital da LEGO e vai nadar e interagir com tantos outros peixes criados pelos visitantes, a sua criação ganha vida digitalmente. Realmente é uma experiência legal, super interativa, mas no meu ponto der vista não deveria ter sido o ganhadora, ainda prefiro pela complexidade o Data Lens.

Caso você você queria se aprofundar mais nas outras categorias e ver os finalistas e vencedores você pode acessar aqui.

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