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No divã com um robô

Como as reações podem ser uma ferramenta de marketing eficaz


16 de março de 2017 - 11h34

betina_

Tenho visto diversos painéis sobre o avanço da tecnologia no reconhecimento facial e na busca de uma análise mais apurada sobre as emoções, seja para ajudar pessoas com dificuldades ou para pesquisas publicitárias. Sim, é fato que a internet hoje sabe muito sobre onde você clica, seus gostos, lugares que frequenta e quem são seus amigos. Mas a internet pode estar começando a saber também como você se sente.

Um pouco assustador, não? Sim, ainda mais quando nos é apresentada uma série de ferramentas que de fato chegam bem perto de fazer isso.

As reações que temos hoje presentes não serão mais suficientes, prova disso são as emotions do Facebook que possibilitam muito mais do que somente uma curtida. Pamela Pavliscak, sócia e CEO da Change Sciences, dá exemplos de como podemos classificar as emoções expressadas no Twitter com base em 5 frentes – assim como no filme Divertidamente. A análise é muito mais profunda realmente do que apenas a classificação de sentimento positivo, negativo ou neutro a que estamos habituados.

O Simsei, ferramenta criada pela Universidade da Califórnia, é capaz de analisar as emoções através do computador, criar padrões de personalidade e, indo mais longe, utilizar essas informações para ajudar a direcionar uma conversa com os consumidores. É um divã com um robô, que lê e interpreta seus padrões emocionais. Usado para aprimorar a performance dos profissionais desse mercado e ainda não como ferramenta de análise em si, o que, na minha opinião, seria arriscado.

Você faria terapia com um robô?

Outro aplicativo apresentado foi o People Kepper: usando um relógio inteligente, o app consegue rastrear as suas reações frente as pessoas que você conhece e já te dizer quais as emoções que essas pessoas levantam em você. Interessou? Baixe o app então.

Seja qual for a sua opinião sobre esses avanços, é notável como a tecnologia está cada vez mais inerente no nosso cotidiano e cenas vistas no seriado Black Mirror podem não ser mais ficção em poucos anos. O que vale é entendermos como essas novidades podem ser incorporadas sem que afetem diretamente nossa privacidade e a maneira como nos comportamos livremente.

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