20 de março de 2017 - 10h49
Não. Não é um texto sobre o filme do Win Wender.
É sobre a experiência de colocar os sapatos do Flanêur, e passar por toda a correria da cidade que abrigou as discussões mais relevantes da atualidade durante 10 dias.
Como se Austin fosse Paris.
Sobre passar pela 6th Street e ouvir cinco estilos distintos de música ao mesmo tempo, enquanto rios de pessoas escoam pelas calçadas. Como se estivéssemos na Champs Elyssés.
Sobre sentir o cheiro das comidas mexicoamericanas, dos BBQ’s do Iron Works, dos food trucks. Como se passeássemos pelo Marais.
Sobre olhar pra cima e ver arranha céus de metal e vidros, numa cidade que se transforma em metrópole. Como se olhássemos pra Saint Germain.
Sobre estar dentro do Centro de Convenções de Austin lotado de pessoas de várias partes do mundo, acotovelando-se para entrar em painéis, estar em palestras. Como se visitássemos a Exposição Universal de 1900.
Sobre ver músicos nos palcos, diferentes e diversos. Como se respirássemos o ar de Montmartre.
Enfim, sobre estar no centro do mundo, pois como escreveu Walter Benjamin: “perder-se numa cidade […] requer instrução”
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