Meio&Mensagem

14 de março de 2022 - 9h48

Depois de dois anos de pandemia, era natural que quase todos os conteúdos abordassem os difíceis tempos de crise que (ainda) estamos passando. Mas a perspectiva que quase todos trazem para o tema é: o quão você está preparado para o “fliht ou fight”?

O conceito de resiliência tomou grande parte das conversas por aqui e, apesar de eu questionar um pouco o significado da palavra do ponto de vista humano, é o que está sendo apontado como a grande soft skill que os líderes de negócio devem ter.

Na apresentação de John Maeda, Technologist e Product Experience Leader, ele trouxe diversos conceitos traçando um paralelo entre resiliência e adversidade, demonstrando que essa palavra é, definitivamente, o game changer. O que está por trás disso é o poder de reagir e se adaptar e, principalmente, de tomar riscos.

Em quase todos os painéis, o bottom line foi justamente a importância de se colocar diante das adversidades, bancar riscos para você e seu negócio e saber reagir se adaptando a novos cenários e contextos. Estar pronto para o inesperado e não evitar estar em uma situação desconfortável. É assim que muitos por aqui estão definindo um perfil de liderança para os próximos anos, onde certamente, mais crises irão aparecer.

Lembrei muito do livro “Efeito Iguana”, da Graziela di Giorgi, que entrevistou há alguns anos diversos CEOs do Brasil e chegou ao diagnóstico que muitos deles são avessos ao risco. Muitos deles, assim como as iguanas, acabam reagindo apenas quando são chacoalhados e colocados em situação em que precisam mudar drasticamente.

Pelo o que está sendo falado por aqui, não há mais campo para “iguanas”. Ou você se antecipa e se coloca à frente dos riscos e trabalha sua resiliência, ou de fato está fadado a ficar pra trás.