Meio&Mensagem

16 de março de 2022 - 15h33

Como já esperado, os painéis sobre NFTs e metaverso estão sendo os mais disputados até o momento. De longas filas a auditórios lotados, as sessões estão repletas de pessoas ansiosas por informações de como as ferramentas poderão impactar ainda mais os negócios no futuro. É engraçado, mas ao final de cada apresentação que aborda um dos temas e, ao conversar com as pessoas a respeito, nos deparamos com diferentes insights e projeções. E tudo isso é muito valioso. O único consenso é que todos estão aprendendo como fazer o melhor uso destas tecnologias em seus mercados de atuação. Estamos na fase de adaptação e ainda existe muita especulação de como isso irá de fato funcionar.

A descentralização do mercado financeiro, cryptocurrency e blockchain também são assuntos que estão chamando a atenção do público no que se refere ao comportamento da sociedade diante do “novo normal” é isso merece toda a nossa atenção. O fato de como iremos lidar com esse novo cenário em nosso cotidiano, como as marcas irão interagir com sua audiência, como gerar business… Tudo isso é uma nova oportunidade valiosa para todos os mercados, principalmente para a mídia exterior, que já está surfando nessa onda. Com suas vantagens de comunicação, o out of home pode se tornar um grande marketplace para o NFT. Músicas, arte e conteúdo, de um modo geral, podem ser consumidas diretamente de uma face publicitária nas ruas. Isso já é uma realidade que pode ser vista aqui nos Estados Unidos.  

O mesmo já acontece com o metaverso. Apesar de ainda não ser tão difundido, o uso de outdoors virtuais dentro do universo dos games já acontece há bastante tempo. E com popularização deste novo conceito de realidade virtual, diversas marcas estão marcando território nesse universo paralelo em que as faces publicitarias virtuais extrapolarão as barreiras dos jogos para fazer parte de todo contexto de realidade paralela.

Como disse a futurista e fundadora do Future Today Institute, Amy Webb, em seu painel, o momento atual pede que não só olhemos para as tendências futuras, mas também para tirarmos o melhor proveito do que já acontece. A “re-percepção”, termo que ela chamou de capacidade de ouvir, ver e tomar consciência de algo novo e existente, sintetiza o movimento das tomadas de decisões do agora, tendo uma visão do todo. Sendo necessário analisar o contexto e se adaptar às novas tendências de acordo com seu business.

Estamos aqui como expectadores, mas nossas cabeças não param um segundo. Enquanto, absorvemos milhares de novidades, já estamos projetando a melhor forma de colocá-las em prática. Isso é SXSW e ainda temos muito o que explorar do evento!