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Deixe a vida (e não a sua schedule) te levar

Aqui em Austin aprendo tanto na rua quanto nas palestras – ou até mais


12 de março de 2018 - 12h31

(Crédito: divulgação)

Esta é a minha segunda vez no SXSW. Achei que teria menos FOMO, mas não rolou. Estudei o programa no Brasil, pesquisei o que os colegas veriam, fiz a lição de casa e no primeiro dia tentei seguir minha agenda. Fui direto para a Ready Player One Experience. Foi bacana, o lounge anos 80 vale muito, a experiência imersiva em si, não foi especial. Fiquei muito tempo esperando na fila e perdi várias coisas que tinha programado. Voltei para o hotel frustrada.

No segundo dia acordei com a vibe de seguir a agenda. De novo o Fear Of Missing Out me pegou. Saí correndo – olhos arregalados, expressão tensa, totalmente focada na tela do celular – mas acabei me atrasando para uma palestra sobre Timing. Olha só que ironia. Felizmente, encontrei com o Gustavo Giglio na rua. O Guga é veterano de SXSW e percebi que ele estava super calmo. Resolvi entrar na onda dele e tudo fluiu bem depois.

Finalmente consegui assistir a uma palestra que queria ver. Fiz uma Mentor Session com o Matthew Bolish do New York Film Festival sobre voz pra conteúdo imersivo. Ele não esperava falar sobre locução, mas me deu dicas ótimas sobre a minha pesquisa. No J.W. Marriott dei um pulo no Be Brasil Lounge – um lugar incrível com comidinhas, bebidas, sofás e até massagem e maquiagem. Num Meet Up de Animation encontrei com o Ruriá Duprat e o Eduardo Santos da produtora Banda Sonora. Eles acabaram de trabalhar na animação brasileira Lino.

A próxima parada foi um painel com os atores do seriado Westworld. Eu teria que ficar na fila sozinha, no sol, por pelo menos uma hora. Mas quando olhei para traz, vi o James Pinto da produtora Jamute. Assim que entramos na sessão, encontramos com o Fernando Palermo da Sétima Arte. A sessão foi incrível para quem é fã da séria, como eu. Eles até mostraram um vídeo inédito com trechos da segunda temporada e pediram pra gente não fotografar ou divulgar. Mas o melhor veio depois. Eu já esperava, por causa dos rumores, mas quando o Elon Musk entrou no palco, fiquei arrepiada.

Vi os grupos de Whats e resolvi seguir para o Happy Hour do Four Seasons (local de encontro dos brasileiros). No caminho encontrei com o Henrique Nicolau da produtora Shuffle. Fui com ele buscar a badge. Não tem nada melhor do que acompanhar alguém que acabou de chegar no SXSW! No Happy Hour encontramos com mais gente: Rodrigo Terra e Vanessa Mathias. Depois, indo para o WOW Studio da Sony, o Henrique viu uma amiga de infância dele que mora em Austin. Ela estava sozinha e conhece tudo por aqui. Acabamos jantando no restaurante Numero28 (www.numero28austin.com) a algumas quadras do Convention Center, sem filas e com comida deliciosa.

Tudo isso em apensa um dia! Muito obrigado Guga. Quando relaxei e deixei o SXSW me levar, o festival ficou bem melhor. Fiz muito mais do que havia planejado na agenda e com mais qualidade e bem estar, com certeza. E pensando naquela fila de horas no Ready Player One Experience, até que não foi nada mal. Afinal, eu estava com o Luiz Macedo, um dos produtores que mais respeito conversando sobre o assunto que estou estudando: áudio pra conteúdo imersivo.

Que FOMO que nada! Tudo é ponto de vista. É só deixar a vida te levar.

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