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Elon Musk, o gênio popstar

Ele entra um tanto tímido, ensaia uma dancinha e logo na primeira resposta agradece o time


12 de março de 2018 - 15h30

Elon Musk (crédito: reprodução)

Quando por volta das 20h do sábado o app oficial do evento apitou com a notícia de que Elon Musk faria uma sessão não programada no domingo às 12h, o burburinho começou aqui em Austin. A partir desse momento, a sessão de perguntas e respostas com o criador da Tesla (entre várias outras) passou a ser o tema principal e monopolizou as conversas – com alguns até pensando em abandonar a cerveja pra não perder a distribuição dos ingressos – que começaria às 8h30.

Lembrando que esse procedimento de ingressos não é usual aqui em Austin – a regra da fila até a capacidade da sala vale para todo mundo.

Elon já havia dado o ar da graça durante uma sessão com os atores de Westworld, entusiasmando a todos e sendo franco: “Há muitas coisas erradas no mundo, muitos problemas que precisam de solução. Mas na vida não pode se resolver um problema atrás do outro. Precisamos de algo que nos inspire, que faça você feliz ao acordar, para fazer parte da humanidade”.

Peguei meu ingresso por volta das 8h30 (desde 7h, filas começaram a se formar no Convention Center) e ao chegar no The Moody Theater, espaço para 2700 pessoas, a fila dava voltas no quarteirão. Algumas pessoas falavam da expectativa, outras comemoravam o fato de estarem ali e até relatos de gaiatos que ofereciam 100 dólares por ingresso foram ouvidos.

Um garoto, do meu lado, deixou o ingresso escapar na ventania – e dezenas de pessoas em polvorosa o ajudaram. Imagina chegar até ali e não conseguir ver Mr. Musk?

Ginásio lotado, palminhas como nos shows de rock e Elon entra (com meia hora de atraso) para uma sessão de perguntas e respostas. Entra um tanto tímido, ensaia uma dancinha e logo na primeira resposta agradece o time – sem as equipes que o acompanha, ele diz, nada seria possível.

Continua discutindo profundamente as implicações da Inteligência Artificial, de uma possível terceira guerra mundial e de como seria a reconstrução do planeta terra com a ocupação de Marte. Passa a discutir o modelo de gestão, a governança de Marte uma vez ocupada.

Uma frase, talvez a mais impactante dele, ainda ressoa na minha cabeça e talvez na de todo mundo presente: “Vamos pensar em Marte, porque talvez seja o único lugar viável depois da próxima guerra mundial. Assim, traremos a humanidade de volta depois que ela acabar na terra”.

Mas a plateia quer saber mais dele.

Então, ele conta que dorme pouco – quatro ou cinco horas por dia – e para a pergunta de quem o inspira: Kanye West! Sim, Kanye West! E Fred Astaire também, afinal, segundo ele, os dois o fazem dançar.

Pra terminar, cantou “My little buttercup” com seu irmão Kimbal e o indefectível chapéu de cowboy, fazendo o entrevistador Jonathan Nolan, de Westworld, também entrar na dança.

Sem dúvida nenhuma, Elon Musk é um dos gênios da atualidade e seu discurso profundo, anos a frente, ganha muita, muita vida com o que ele já entregou: a Tesla e a SpaceX. Não é só teoria, não é só inspiração. É teoria e realização. Grande Elon!

PS – o vídeo da sessão completa está aqui. E pra quem quiser só o trechinho do “Made on Earth by humans”, aqui, também no YouTube.

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