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Walter Isaacson, o biógrafo

Para ele, Leonardo Da Vinci era a perfeita combinação de tecnologia, ciência e arte em uma pessoa


12 de março de 2018 - 14h40

Walter Isaacson (crédito: divulgação)

Meu segundo dia de SXSW começou com uma interessantíssima palestra de três cientistas da NASA sobre vida extraterrestre. Sim, a NASA está olhando para possíveis ETs ou Jabba Hutt. E uma das cientistas na mesa, Cynthia Phillips, se definiu com brilhantismo e levou todo mundo às gargalhadas: ser cientista da NASA, vir palestrar aqui em Austin… vocês precisam ver o que é ter três filhos!

Bem-vindos ao SXSW!

Além da NASA, vi mais sobre IA, um pouco sobre Blockchain, um espaço com startups de Fashion e Luxo, uma ótima discussão entre CNN e Facebook sobre notícias na plataforma e me deliciei com Walter Isaacson, o cara por trás das biografias de nada mais nada menos que Steve Jobs, Albert Einstein, Benjamin Franklin e Leonardo Da Vinci – dá pra entender um pouco o poder de escrita do jornalista nascido na Louisiana, né?

Em uma palestra absolutamente incrível, Walter explorou o poder de criatividade de Da Vinci. Para ele, Leonardo era a perfeita combinação de tecnologia, ciência e arte em uma pessoa. No discurso de uma hora, ele conectou a Florença da época à Austin de hoje – cidades onde muitas coisas diferentes acontecem ao mesmo tempo – e reforçou a importância da atenção às minorias. Da Vinci era gay, vegetariano e canhoto, e encontrou na cidade de Florença a acolhida que precisava para a sua genialidade.

Explorou o tema da persistência – na Monalisa que ele levava para todos os cantos onde ia por 16 anos, até finalizar, camada por camada. Ou no helicóptero que se propunha a trazer os anjos do céu.

Walter falou muito sobre curiosidade e os processo de ensino – escola ensina o que já sabemos. O passo além vem da curiosidade.

E trouxe um ponto muito interessante sobre o papel, para ele uma tecnologia fantástica. Os rascunhos e pensamentos de Da Vinci estão preservados até hoje. Já os de Steve Jobs se perderam entre sistemas operacionais. Na frase dele: sistemas operacionais nascem e morrem, o papel não.

Terminou com uma frase deliciosa: criatividade é um esporte coletivo.

Uma aula do Mr. Isaacson.

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