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Outra vez o futuro do varejo?

As lojas físicas não morrerão e a tendência para os próximos anos é criar novas experiências de compra para conquistar os consumidores


15 de março de 2018 - 11h32

Diretora de retail marketing da Under Armour, Christiana Dimattesa (crédito: divulgação)

Assisti algumas sessões que discutiram o desafio do varejo com “dicas” sobre o que as marcas devem fazer para sobreviverem em nosso mundo pós-digital. O e-commerce vencerá? O que os consumidores querem? O que realmente está acontecendo? Como devemos nos preparar para o futuro?

Na Sessão “The Reinvention of Stores: Innovate to Survive” feito por Emily Wengert (Group VP User Experience da Huge) temos uma visão menos apocalíptica mesmo que alguns dados indiquem que as marcas precisem abrir os olhos quando pensarem em suas lojas físicas.

Quase 7.000 lojas fecharam suas portas apenas nos Estados Unidos em 2017. Entretanto, os principais prejudicados são as grandes lojas de departamentos enquanto pequenas lojas ainda não tiveram impactos em suas vendas. Passamos por um momento de imensa transformação. Ela indica que o varejo físico não está morto: o varejo chato sim! E como não se tornar um varejo chato? Dois caminhos: Através do sua da tecnologia e de um novo conceito de design.

Utilizar a tecnologia de maneira integrada e planejada desde o início do projeto é um primeiro passo. O varejo acostumou-se com o erro de colocar telas para complementar as lojas quando estas estão prontas. Tudo precisa ter um motivo para estar presente e resolver o que o varejo físico tem de pior: filas, ajudar a encontrar o que se procura e apoiar quem vende são três exemplos corriqueiros. Ao mesmo tempo, precisa abraçar o que o varejo físico tem de melhor: o tato, os aromas, o ato social de sair para uma compra (você não chama um amigo para comprar online!) e as descobertas que uma loja física pode proporcionar. Comprar online pode ser angustiante!

Com isso, cresce a tendência de a tecnologia trazer uma experiência memorável para os consumidores e não apenas um momento de compra que pode ser realizado online. 72% dos Millenials preferem gastar dinheiro com experiências e não com produtos.

Sobre um novo conceito de design devemos buscar muito além das necessidades e objetivos dos consumidores. Precisamos focar em ações como:

1. Saber o que eles realmente amam e saber como trabalhar com brindes especiais, ofertas diferenciadas…;

2. Ajuda-los a decidir. Criar formas de comparação, mostrar melhor e esclarecer dúvidas rapidamente…;

3. Se colocar no lugar do consumidor. Entender quais são os seus problemas no momento de compra para facilitar em todo e qualquer detalhe;

4. Levar a experiência para casa. Ampliar serviços, desenvolver embalagens e pacotes que aumentem o encantamento…;

5. Pensar de maneira holística e ampliar a experiência de compra.

No painel “The Future of Physical Retail In a Post-Digital World“ muito foi debatido sobre o mesmo tema e um ponto foi muito bem colocado pela Diretora de Retail Marketing da Under Armour Christiana Dimattesa: no varejo do futuro seus funcionários serão os seus primeiros embaixadores. Ou seja, para termos uma experiência perfeita não adianta ter um atendimento desinteressado, desmotivado, mal-humorado e mal informado.

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