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Rio, Texas

Entre um evento e outro aqui no SXSW, minha timeline brasileira me informa do assassinato da vereadora Marielle Franco


15 de março de 2018 - 11h42

Escrevo num fluxo atordoante de emoções. Entre um evento e outro aqui no SXSW, minha timeline brasileira me informa do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

Marielle Franco (crédito: divulgação)

Não a conhecia até ler o primeiro relato de sua trágica execução. Aprendi que tinha 38 anos, que havia sido a 5ª vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro em 2016, que voltava do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, quando foi interceptada por criminosos.

Marielle e o motorista morreram, uma assessora foi ferida com os estilhaços da bala.

Marielle presidia a Comissão da Mulher e havia sido nomeada relatora da Comissão que vai acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio.

Em tuítes recentes, ela criticou a violência policial que parece ter sempre um destino: negros pobres (a regra de que falei em artigo ontem).

A polícia investiga…

Na segunda-feira, 12, uma explosão de duas bombas matou uma adolescente e deixou duas mulheres feridas aqui em Austin, Texas. Foi o segundo ataque do tipo neste mês.

As bombas foram deixadas em pacotes na casa das vítimas: todas pessoas negras. A polícia daqui suspeita de crime de ódio.

Rio, Austin, mundo. Não tem pra onde correr.

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