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O que o SXSW tem a dizer sobre conteúdo?

Entre painéis, palestras, debates, showcases e toda sorte de encontros sociais destinados a apresentar ou debater ideias, eu me concentrei naqueles que ofereciam novas ideias


16 de março de 2018 - 10h43

Uma semana inteira se passou no SXSW. Entre painéis, palestras, debates, showcases e toda sorte de encontros sociais destinados a apresentar ou debater ideias, eu me concentrei naqueles que ofereciam novas ideias, perspectivas ou paradigmas para o que sabemos sobre produção de conteúdo digital.

Dessas horas ouvindo e digerindo novas e velhas coisas, selecionei os insights que mais me marcaram. A boa notícia é: nosso menino conteúdo está vivíssimo, em todas as suas formas, e mais do que isso – está ganhando novos contornos, interfaces e possibilidades com a popularização da inteligência artificial e das diferentes formas de interação homem/máquina.

Robôs fazendo conteúdo não vão tomar nossos trabalhos (acho)

Não deveria ser surpresa que recursos de inteligência artificial já estejam de fato, sendo usados em produção de conteúdo. Para quem não sabe, há apps no seu celular agora mesmo usando redes neurais pra colocar filtros em fotos e usando AI para editar seus vídeos para você.

O que os painéis sobre inteligência artificial que assisti no SXSW trouxeram de novo é que essas iniciativas já têm versões mais sofisticadas sendo usadas por grandes publishers para economizar tempo e dinheiro no dia a dia da produção de vídeos, fotos e textos. E esses recursos são acessíveis – tecnológica e financeiramente – para que possam ser usados por produtores de conteúdo de pequeno e médio porte no dia a dia.

Os especialistas desses painéis concordam que peças complexas em termos de apuração, textos opinativos e vídeos mais sofisticados ainda estão longe das capacidades da inteligência artificial. Por enquanto, o que esses algoritmos fazem (e é muito bem vindo!) é automatizar trabalhos manuais pouco criativos presentes na produção de conteúdo que, em outro momento, levariam muito tempo.

Está tudo bem com o content marketing

Entre 2012 e 2015, content marketing era a nova grande buzzword da indústria. Muita gente foi lá, fez e se deu bem… e muita gente fez e quebrou a cara. Por que?

Não tem a ver com a eficiência ou não dessa tática, mas sim com a maneira como a indústria implementou a tática. Especialistas sugerem que as marcas com estratégias bem sucedidas de content marketing estão voltando o foco de seu conteúdo para 1. temas que realmente importam para a audiência 2. temas que resgatem o expertise da marca, isto é, assuntos nos quais a marca é realmente uma autoridade.

Seguindo essa linha, especialmente com sequências de mudanças algorítmicas em redes sociais, a importância de uma estratégia de content marketing para consolidar relevância em determinado segmento de mercado deve durar um bom tempo.

Falando em mudanças algorítmicas…

O Facebook promete que não vai abandonar as notícias e a importância do conteúdo de páginas e publishers em sua timeline. As palavras são de Alex Hardiman, Head of News Product do Facebook.

Durante um painel com editores da CNN, da newsletter Axios e do MagnifyMedia, Hardis foi nocauteada com perguntas e muita pressão dos publishers – por conta das fake newsm do algoritmo que desfavorece notícias na timeline, da falta de transparência do Facebook com essas mudanças. E ela garantiu que os testes do Facebook com timelines contendo apenas conteúdo de família e amigos demonstraram que não é isso que o público quer. A plataforma deve, portanto, voltar a dar atenção para notícias na timeline, com uma mudança: vai trabalhar em uma triagem para dar mais destaque para os materiais produzidos por veículos reconhecidos como confiáveis, numa tentativa de evitar proliferação de fake news.

É um primeiro passo, concordaram os especialistas, embora certamente não seja o suficiente. É preciso ficar de olho nas próximas medidas que o Facebook tomará para se manter relevante.

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