Meio&Mensagem

6 de março de 2019 - 18h40

O SXSW começa logo mais e eu já estou completamente perdido entre todas as apresentações, palestras e eventos que estarão acontecendo em Austin. Pelo app SXSW GO vou favoritando tudo o que tenho interesse numa tentativa de me organizar, mas fica a impressão que tudo acontece ao mesmo tempo, ou no máximo com um intervalo de meia hora entre uma coisa super interessante e outra mais ainda. Conforme o dia do embarque se aproxima o F.O.M.O. vai pegando mais forte, mais do que eu imaginava, e o festival ainda nem começou.

(Crédito: Martin Sanchez/Unsplash)

O meu foco de interesse, por enquanto, está muito voltado às novas formas de narrativas e o que está por vir no futuro próximo quando o assunto é conteúdo digital em todo tipo de plataforma. E conferindo tudo o que está previsto para acontecer, a princípio percebo que muito está endereçado na eterna batalha humano vs. máquinas, real vs. virtual, cerebros vs. algoritmos. Vai ter muita gente falando como a inteligência artificial estará, ou já está, criando narrativas, como a realidade virtual está inserida nas narrativas e como as narrativas humanas utilizarão do ambiente virtual para enriquecer contextos, enredos e experiências. Como as máquinas vão contar nossas histórias, como vamos contar histórias para o ambientes das máquinas e como o público vai se comportar no meio disso tudo? AI, VR, AR continuam siglas em alta e, me parece, estarão no topo dos assuntos cobiçados do festival.

Precisamos saber como essas tecnologias poderão ser aplicadas no mercado brasileiro. Tenho dúvidas de quanto nosso ambiente tecnológico, de marketing e mesmo de cultura de narrativas está preparado para todas essas novas maneiras de pensar e agir. O quanto falta para o Brasil estar no mesmo nível de discussão sobre esses temas que determinados mercados já estão? Ou a pergunta pode ser outra: nossa audiência está aberta, preparada, ou mesmo deseja essas novas formas de contar histórias?

Questionamentos são muitos. Resta esperar o SXSW começar para conferir tudo. A promessa é grande. Por enquanto, o meu maior desejo é uma inteligência artificial capaz de me ajudar a conseguir absorver tudo ao mesmo tempo agora. Um cérebro metálico que não sofra de F.O.M.O.