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A busca é por novas perguntas e não por respostas

Nós somos controlados mas sempre podemos buscar uma saída


10 de março de 2019 - 22h41

George Hotz: aula sobre inconformismo e criatividade no SXSW

Saí da palestra do George Hotz intrigado. Um hacker, famoso pelo primeiro Jailbreaking do iPhone aos 17 anos, veio pra o SXSW para debater sua teoria de que na verdade vivemos em uma simulação. A princípio, ou melhor, na primeira meia hora me dividi entre achar que ele estava tirando sarro da audiência pelo seu tom irônico, e achar que ele era um pouco maluco. Acho que as duas teorias estavam certas mas este era seu processo e não seu objetivo.

Desde jovem, muito jovem, jovem mesmo, ele não se conformou com os mundos criados por outros onde ele vivia. Aos 7 anos ele vivia no mundo do Mario Kart e cansado das suas limitações ele buscou uma forma de expandir seus poderes e estender sua vida se tornando imortal usando um kit comprado na BestBuy. Aos 17 ele invadiu o sistema do iPhone e libertou os usuários da hegemonia da AT&T que na época tinha um contrato de exclusividade com a Apple. Foi o primeiro Jailbreaking do iPhone. Dois anos depois foi a vez do PlayStation3. Ele conseguiu acesso a CPU e disponibilizou na rede o passo a passo de como repetir o feito.

É uma história que se repete de alguém que busca repetidamente outros mundos onde viver, mas frustrado com as suas limitações busca expandir seus poderes ou suas vidas neste mundo.

No início parecia uma palestra de um hacker maluco. Ao sair fiquei intrigado. E quanto mais eu penso nela mas eu me convenço que foi uma grande aula sobre inconformismo e criatividade. Sua teoria de que vivemos em uma simulação é uma analogia que tenta expor o quanto nós somos controlados mas sempre podemos buscar uma saída, como hackers. Nenhum sistema é inviolável.

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