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The Power of a Story with Susan Fowler

Com frases de efeito, que às vezes pareceram clichês mas eficientes pela simplicidade como “palavras podem mudar o mundo” ou “seja a melhor versão de si mesmo, todos os dias”, ela costurou um raciocínio curioso e inspirador de que você não precisa ser um ativista para mudar o mundo


10 de março de 2019 - 21h45

Atropelada por um caminhão de emoções. Foi como me senti na apresentação tímida e emocionada de Susan Fowler no terceiro dia de SXSW.

Confesso que cheguei ao maior salão do festival na ignorância sem saber direito quem era ela. Depois de passar por experiências inaceitáveis trabalhando como engenheira de software na Uber do Vale do Silício, a menina de aparência frágil, mas possivelmente uma das mais fortes que estão palestrando aqui no evento, veio contar a sua história e mudar a de tantas pessoas, mulheres e homens, que tiveram a oportunidade de ouvi-la. Isso além de já ter mudado a cultura organizacional da empresa, claro.

Ela começou com uma mensagem esperançosa de que, apesar do mundo estar um caos, ainda é possível acreditar que temos mais pessoas fazendo o bem do que o mal, o que me lembrou de uma das minhas campanhas favoritas da Coca-Cola que diz que “os bons são maioria”.

Abrindo sua intimidade, contou como o conselho de “look for the helpers” da sua mãe foi importante para a decisão de falar sobre o que ela passou: inúmeros casos de preconceito, falta de respeito e assédio. Foram múltiplos exemplos de situações que exigiram muita resiliência, uma constante nos depoimentos femininos por aqui no festival.

Com frases de efeito, que às vezes pareceram clichês mas eficientes pela simplicidade como “palavras podem mudar o mundo” ou “seja a melhor versão de si mesmo, todos os dias”, Susan costurou um raciocínio curioso e inspirador de que você não precisa ser um ativista para mudar o mundo. Estando atento ao que acontece ao seu redor e contando as suas histórias, você tem o poder de melhorar e transformar a vida das pessoas que estão à sua volta e, assim, mudar o mundo para um lugar melhor. E alertou sobre o quanto um desafio, que no momento em que você está vivendo pode parecer muito duro, te prepara para o que vem pela frente.

Em um tom amigável, ela pontuou que não adianta termos mulheres em boas posições nas empresas se elas não são respeitadas ou que não faz sentido contratar um número específico de negros alegando diversidade se ainda houver preconceito. Um ótimo ponto de atenção aos amigos de recursos humanos!

O que mais me emocionou – afinal ouvir histórias gerando conexão com o seu próprio repertório é o que desperta tantos sentimentos ao assistir uma plenária como essa – foi sentir um tremendo orgulho de ser mulher e, aos 35 anos, ter tido a oportunidade de realizar tantos projetos bacanas, desenvolvendo pessoas e tendo mulheres tão fortes como exemplo e inspiração ao longo da minha carreira. Hoje, liderando o time de marketing dos canais Multishow, Bis e Off, tenho a chance (e a responsabilidade) de interagir, aprender e inspirar pessoas incríveis. E, quase como consequência disso, levar o entretenimento e a diversão genuína para a nossa audiência.

Você não precisa ter sido vítima de uma (inaceitável) história de assédio para influenciar o mundo positivamente. Viver atento ao seu comportamento e buscar ser uma pessoa melhor todos os dias faz você, e todos que estão a sua volta, crescer e amadurecer. Obrigada, Susan, pela generosidade de dividir a sua experiência, encorajando tanta gente.

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