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Marcas e a nossa busca por novos heróis

Tomar partido em assuntos controversos pode e deve ser uma nova postura das marcas


12 de março de 2019 - 17h47

Hoje o dia começou com um painel sobre o futuro do marketing de influenciadores. Nada de novo. Nada sobre o futuro. De novo a necessidade de uma busca permanente por autenticidade. Autenticidade que pode ser encontrada hoje em dia mesmo na inteligência artificial da Rose, assistente virtual do hotel Cosmopolitan que, diferente de seus pares como a Alexa, foi desenvolvida para expressar a personalidade da marca, tem uma brand voice única e oferece mais do que um serviço automatizado, mas um diálogo permeado por muito senso de humor.

(Crédito: Gabriel Bassino/Unsplash)

Mas a autenticidade em escala exponencial eu vi na palestra Brands in the era of Political Tribalism, do Mike May, VP of Strategy da Huge. O palestrante mostra os resultados extremamente positivo de marcas que tomaram partido em assuntos controversos e de grande interesse da sociedade, que sofreram boicotes e colheram benefícios em amplos aspectos após essas iniciativas. Mike começa a sua exposição dizendo que hoje quando se trata de política nos comportamos como expectadores esportivos: nós temos um time, torcemos por ele, queremos vencer e queremos que o outro perca. E que 76% dos americanos entrevistados acredita que os CEOs deveriam liderar as mudanças sociais, e por consequência suas marcas, pois estão mais preparados do que os governantes. Ao perder a crença na política, as pessoas querem que as marcas e seus business sejam os heróis que precisamos.

Mike divide as marcas que tiveram posturas ativistas no último ano em três grupos:

A) Proactive: Marcas que escolheram se alinhar com uma questão – Nike, Gillette, Dicks, Levi’s e Patagonia.

B) Reactive: Marcas que involuntariamente são levadas a fazer um posicionamento – Starbucks, United e ABC.

C) Purposeful: Macas que providenciaram valor social que evitam questões contagiosas relacionadas a política – Burger King e Domino’s.

Todas elas crescem em seis aspectos: social conversations, e-commerce, news mentions, search activity, search discoverability e competitive share of voice. E quanto mais pro-ativa é a marca, quanto mais assume temas de alto poder de gerar paixão e mais forte é o seu inimigo, maiores são os resultados positivos. Mike mostra aquilo que todos nós que acreditamos no poder das marcas queremos ver e ouvir: que tomar partido em assuntos controversos pode e deve ser uma nova postura das marcas que acreditam que podemos mover as pessoas e um mundo como esporte move todos nós.

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