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Pequenos aprendizados

Essa é para quem está lendo os textos desse time bacana que o M&M organizou aqui, ainda não foi pro SXSW mas está querendo programar 2020 - já tem pré-venda dos badges para o ano que vem, inclusive - e está interessado especialmente no Interactive e seu conteúdo


14 de março de 2019 - 17h00

Crédito: (Rawpixel/Pexels)

Acerte o calendário e escolha o badge certo
Longe de ter experiência com o festival ou ser uma insider, esse ano vi um monte de gente chegando para o Interactive meio fora de hora, com um badge laranja quando devia estar com o Platinum. Então, para não subaproveitar seu badge, escolha a categoria certa, conforme o período que você vai aproveitar do festival.

Se for programar sua primeira vez em Austin, chegue um dia antes do início oficial do festival. Assim, você começa visitando o Convention Center para retirar o badge (sem fila), faz um reconhecimento básico da área e ainda aproveita o primeiro dia do festival antes do final de semana, que é quando as filas crescem exponencialmente.

Caso não possa chegar com antecedência mas pretende estender alguns dias além do Interactive, invista no badge Platinum para aproveitar os eventos do Music (o badge do Interactive tem entrada secundária* – e algumas vezes vetada – nos eventos de música/cinema).
*entrada secundária = mais fila

Faça curadoria e organize a agenda
Para aproveitar o festival de verdade, você precisa fazer uma curadoria prévia. Esse ano, fazendo uma conta bem por cima, cheguei a encontrar mais de 50 atividades simultâneas – de talks a experiências e ativações. A expressão “tudo ao mesmo tempo agora” nunca fez tanto sentido na vida quanto em Austin.

Então não tenha preguiça e não procrastine: o app do festival é fácil de usar, as palestras tem boas resenhas (às vezes, não muito reais, é verdade) e você precisa pelo menos “favoritar” as preferidas. Se isso vier pronto na mala, você já tem meio caminho andado.

Mas leve em conta que o festival não acontece apenas no Convention Center e sim na cidade de Austin – então considere o local da palestra e que você tem apenas trinta minutos de intervalo para se deslocar de um ponto a outro e entrar na fila do próximo evento.

Mas não preencha tudo
Deixar alguns espaços para “respirar” na sua agenda é sempre importante também. Tem muita coisa que acontece paralela as palestras, então não preencha toda a agenda para não sofrer – ou sofrer menos – sobre aquilo que você está deixando de fazer quando aparecer alguma coisa imperdível para o mesmo horário. Ativações de marcas, mostras paralelas, as casas dos países e espaço para se surpreender. Isso exige uma agenda organizada mas não superlotada. Não é fácil, mas tente.

Esteja preparado
Sim, a correria e as filas durante o festival são insanas. E você tem diferentes modelos para aproveitar o festival. Os dois mais comuns para quem vem acompanhar as palestras são o tranquilão, com uma agenda mais livre, intercalando palestras com momentos de relax (desafio você a fazer isso no primeiro festival – se conseguir, me conta depois) e o CDF, que superlota a agenda e se frustra a cada palestra que tem que desistir pois, afinal, é dedicado mas é uma pessoa só.

Geralmente a primeira participação a gente vai na categoria CDF. Se esse for seu caso, capricha no kit “one meal a day”: snacks, barra de cereais e frutas na mochila, para aguentar a maratona non stop das 9h às 18h.

Conecte-se
Uma das melhores partes do festival é a chance que temos de conhecer gente nova e ampliar o networking. Então procure os grupos que se formam ainda mesmo antes do Festival e vá se inserindo neles. Tem grupo para todos os objetivos: conteúdo, networking, festas, especialmente festas. Com eles, você acompanha o que está fazendo e aquilo que não conseguiu fazer também.

Bônus: esse ano bombou o uso do app Otter, que é um gravador com transcrição do conteúdo em texto e a possibilidade de formar grupos de compartilhamento de conteúdo. Ele é especialmente bacana para ter acesso a gravação e textos das palestras que você teve que pular por não caber na agenda.

Dólares de distância
Um amigo usa a expressão “estou a 28 dólares do Convention” para contar onde ele está hospedado. Ano passado, conheci um grupo que alugou uma casa a 60 km do Convention – eles acabaram desistindo de parte do festival, pois a medida que a cidade e os acessos ficaram mais concorridos, o deslocamento ficou inviável, mesmo para paulistas.

Tudo isso pra dizer que localização – e não apenas preço – é um item que tem que ser levado muito em conta quando você escolhe onde vai ficar. Os hotéis de downtown geralmente tem tarifas bem altas durante o festival, mas tem Airbnb e hostels em regiões próximas e bacanas que conseguem reduzir o valor do deslocamento, tanto no preço quanto no tempo.

Ano passado eu escolhi um hotel mais distante, mas sofri com os deslocamentos – e olha que o meu era a apenas “15 dólares do Convention”. Esse ano, apostei em um hotel que me permite me deslocar apenas a pé – e não me arrependo, pois economizei em todos os sentidos. Então, antes de fechar a hospedagem, simule o Uber ou Lyft para avaliar se não vale a pena cacifar um lugar mais caro na diária, mas que vai dar a você muito mais conforto e tranquilidade no dia a dia, praticamente pelo mesmo preço.

Muito além das talks
E para fechar, sempre que puder, estenda sua permanência além do Interactive. É fantástico ver a mudança do perfil das pessoas ao longo do festival: do dia anterior ao início, cruzando com muita gente local e com a cidade ainda “despovoada” até o Music, muito muda nos contornos e nas pessoas de Austin. Para quem gosta e vive de entender de gente, isso já vale a viagem.

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