Publicidade

Willie Nelson: “A pandemia afeta a performance e audiência”

O cantor, ator e ativista ressaltou o impacto da Covid-19 no entretenimento e a importância do mercado se manter ativo em meio às incertezas

Victória Navarro
17 de março de 2021 - 17h13

O cantor de música country Willie Nelson integrou, nesta quarta-feira, 17, a grade do festival de criatividade e inovação South by Sowthwest (SXSW). A data marcou a primeira vez do artista como um dos palestrantes principais do evento. Anteriormente, sua apresentação estava programada para 1992. No entanto, o seu ônibus não voltou à Austin a tempo para o discurso que daria de manhã. Para compensar, na época, Willie apresentou um set surpresa no Auditorium Shores — agora, Vic Mathias Shores — como parte de um showcase gratuito do SXSW.

No SXSW 2021
No South by Southwest, um pouco depois de lançar o álbum “That’s Live”, em fevereiro deste 2021, o profissional, nascido no Texas e reconhecido pelas suas composições, atuações em filmes e ativismo em prol da legalização da maconha e dos direitos dos animais, buscou abordar sua carreira e empreendimentos artísticos.

Durante as décadas de 1960 e 1970, foi considerado, pela Rolling Stone, o 77º maior guitarrista de todos os tempos. E, lançou a Willie’s Reserve, que vende uma variedade de produtos com THC, o principal composto da cannabis, e a Willie’s Remedy, focada em produtos à base da cânhamo.

Andy Larger, Langer, da Austin City Limits Radio, relembrou a fala de Hugh Forrest, diretor de programação do SXSW: “Nenhum indivíduo teve o impacto cultural ou foi mais sinônimo da vibração criativa de Austin do que Willie Nelson, e estamos incrivelmente honrados em tê-lo como SXSW online”.

Willie Nelson, cantor, ator e ativista (crédito: reprodução/SXSW)

De volta às estradas
A pandemia da Covid-19 afetou, diretamente, o setor da música. Desde o ano passado, o cantor Willie afastou-se das estradas e cancelou diversas apresentações ao vivo. “Este é o pior momento da minha vida. Nunca estive tão frustrado. Tento pensar positivo. Não é ruim só para mim que faço a performance, é ruim para a audiência também. Todos nós estamos sentindo falta da vida antes da pandemia. Mas, eu sou muito sortudo, está tudo bem”, afirmou.

Willie já está vacinado contra o novo coronavírus: “Quando as coisas voltarem ao normal, será um novo nível de entusiasmo para mim, pessoalmente. Vai ser um desafio. E, isso acontece sempre que voltarmos ao movimento”.

Na mídia
Neste ano, o artista apresentou o álbum “That’s Life”, seu segundo tributo às canções de Frank Sinatra em três anos. O primeiro, “My Way” de 2018, ganhou um Grammy de melhor álbum de vocal da música pop tradicional.

A obra “That’s Life” é o segundo lançamento de Willie, em meio à pandemia. Em julho do ano passado, o cantor deu vida à “First Rose of Spring”, que fez sua estreia em quinto lugar nas paradas de álbuns country da Billboard. “Eu tenho um estúdio à minha disposição, o que facilita eu continuar ativo. E, tenho toda a ajuda de minha família. Eu construí minha vida em cima da música e da família”, disse.

Ao longo dos anos 1980, Willie contou com diversos sucessos, como “On the Road Again”, “To All the Girls I’ve Loved Before” e “Always on My Mind”. A partir de 1979, ele também começou a aparecer em dezenas de programas de TV e filmes. A primeira película que contou com sua participação foi “The Electric Horseman”. Em 1985, o artista trabalhou com Neil Young e John Mellencamp para fundar o Farm Aid, um concerto anual que arrecadou milhões de dólares para agricultores familiares.

Maconha à vista
Willie é um defensor franco da cannabis. Depois de décadas trabalhando com a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha, um grupo sem fins lucrativos com sede em Washington, o ativista disse que está feliz em ver o país mudando sua maneira de pensar, incluindo a legalização do uso recreativo da maconha para adultos em 11 estados e no Distrito de Columbia.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio