O metaverso do mundo real
Em conversa com Valerie Vacante, da Merkle, Dan Morris, Jason Yim e Inder Phull deram exemplos do que suas empresas estão fazendo para capacitar criadores para o metaverso do mundo real
Em conversa com Valerie Vacante, da Merkle, Dan Morris, Jason Yim e Inder Phull deram exemplos do que suas empresas estão fazendo para capacitar criadores para o metaverso do mundo real
Amanda Schnaider
14 de março de 2022 - 0h51
Valerie Vacante, diretora de estratégia, experiência de produto e inovação da Merkle, empresa da Dentsu, conversou com Dan Morris, diretor de relações com desenvolvedores da Niantic, empresa de realidade aumentada com foco inicial em jogos de realidade aumentada, Inder Phull, cofundador e CEO da Pixelynx, empresa focada na união de música e metaverso, e Jason Yim, CEO da Trigger, agência de XR, sobre como eles estão capacitando a próxima geração de criativos para gamificar o mundo. “Quando pensamos no mundo real e no metaverso sempre tem muita conversa fiada, mas tem muita positividade por aí. Tem muita oportunidade positiva para construir no metaverso do mundo real”, afirmou Valerie.
Morris, da Niantic, empresa dona do jogo Pokémon Go, falou sobre o mais recente lançamento da companhia, o Niantic Lightship. Ele oferece suporte a milhares de usuários através de uma plataforma que define um padrão para realidade aumentada, usando semântica segmentada, mapeamento e multiplayer. Para o longo prazo, a empresa está construindo um mapa 3D do mundo usando o seu Sistema de Posicionamento Virtual (VPS) e ferramentas avançadas para alimentar um novo tipo de conteúdo contextual em escala global. “ Criar um metaverso não distópico é o que a Niantic faz”, comentou o diretor. “Ficamos muito felizes que a nossa tecnologia pode permitir que milhares de desenvolvedores construam em cima do que começamos, acrescentou.
Uma empresa parceira da Niantic é Pixelynx, de Phull. A equipe de desenvolvedores da companhia criou um ecossistema de música física e digital, um metaverso musical, para os artistas lançarem e controlarem suas próprias experiências interativas através de NFTs. Em novembro de 2021, a companhia se uniu à Niantic, aproveitando a recém-anunciada plataforma Lightship para desenvolver um jogo de música de realidade aumentada. “Não seria possível sem a tecnologia da Niantic Lightship, sem blockchain”, reforçou o CEO. Para o executivo, a forma como as pessoas consomem música vai mudar naturalmente: “Não vai ser pelo Spotify ou Apple Music que as pessoas vão escutar música, vai ser de um jeito totalmente diferente”.
A Trigger, empresa que cria experiências de realidade aumentada para o mercado B2C e B2B, para marcas como Disney, NBA, Sony Pictures e Adidas, é outra companhia que está utilizando a nova plataforma da Niantic. Parte da metologia da Trigger é ativar diferentes tipos de tecnologia aos clientes. “Quando pensamos em Niantic e Pokémon Go é bem focado nos games, mas gostaria de mostrar outras maneiras que você consegue usar a tecnologia também”, contou Yim, CEO da companhia. Entre essas coisas ele citou: gameplay, storytelling e arte. “Você consegue usar realidade aumentada para fazer algo menos literal”. A companhia também trabalha com a questão de compartilhamento da experiência de realidade aumentada entre várias pessoas. “Uma vez que você não é a única pessoa vendo realidade aumentada, e sim muitas pessoas, a mágica aumenta […] Niantic nos permite fazer isso de uma forma mais fácil”, complementou.
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