Mar Aberto
Não é que o modelo tradicional das agência está morrendo. Ele já morreu.
Não é que o modelo tradicional das agência está morrendo. Ele já morreu.
12 de março de 2017 - 16h01
É insano ver a quantidade de informação sendo criada e apresentada o tempo todo. Tem tanta coisa rolando que é difícil escolher o que fazer. Ver um monte de coisa, prestar atenção em tudo e absorver um mar de informações? Mais difícil ainda.
Tem de tudo. Texto, vídeo, áudio, imagem, infográfico e muito mais. E vem de todas as maneiras, apps, in-loco, amigos, chat, radio, vídeo, blogs, redes sociais, nas ruas, nos eventos e por ai vai…
Não dá pra ver e assimilar tudo e é preciso escolher em qual informação focar, no que mergulhar e tomar muito cuidado pra não se perder no volume de coisa vindo até você.
Não faz sentido pra você? Just skip it!
E não importa o que escolhe, você sempre vai estar perdendo algo.
Mas se engana quem acha que estou falando do SXSW. Só estou descrevendo o consumidor moderno. O tempo todo sendo bombardeado por informação – que normalmente não está buscando ou interessado – e com total controle do que realmente quer ver e fazer.
Acho que o SXSW é só um retrato do que acontece no nosso dia-a-dia. Talvez em uma intensidade maior. Talvez exatamente a nossa realidade.
E com toda essa loucura, com o consumidor no controle, não adianta simplesmente ficar empurrando conteúdo.
Ao mesmo tempo em que cria dificuldade pra alguns, abre oportunidades pra outros. Entender o consumidor e suas necessidades é essencial para criar um relacionamento profundo e, porquê não, rentável.
E isso também é discutido no SXSW. Inovações na forma de ouvir, interpretar e se comunicar com consumidores mudam o rumo de um negócio. A tecnologia evolui cada vez mais rápido e enquanto ela avança, muda também a forma como o consumidor se comporta.
Um exemplo claro disso é o projeto fotográfico “Removed” (Google it!) citado em das palestras que fui.
E isso obviamente influencia muito a dinâmica das agências e das marcas.
Não é que o modelo tradicional das agência está morrendo. Ele já morreu.
Precisamos inovar e nos reinventar o tempo todo.
Por isso na Lov constantemente desenvolvemos e aperfeiçoamos produtos e metodologias que nos ajudam a escutar e interpretar o comportamento do consumidor. Saber escutar as pessoas e tirar insights relevantes ajuda a inovar com muita assertividade.
E cada vez mais vejo como o mercado tem uma grande demanda e interesse no trabalho de transformar dados em insights e então guiar a criatividade.
Gerar inovações realmente relevantes. Algo que se discute muito em Austin. Design eficiente nem sempre é o mais bonito. De acordo com a experiência do Netflix, com todos os testes AB que fazem, normalmente o design intuitivo está errado.
Design assertivo, científico, baseado nas experiências e principalmente no comportamento do consumidor.
É assim que o Netflix faz. Google, Pandora e Amazon também.
E é assim que as empresas devem fazer.
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