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O poder do esforço coletivo

Em diferentes sessões e sobre diferentes temáticas, os palestrantes deram dicas práticas de como podemos fazer a nossa parte e contribuir para o bem comum


10 de março de 2018 - 10h14

É bastante comum assistirmos a palestras de pessoas incríveis, que fazem a diferença no mundo e na vida de muitas outras pessoas e nos sentimos inspirados e queremos engajar em suas causas, mas não sabemos como. Saímos de lá com energia para atuar, mas não temos as ferramentas ou os caminhos para fazer a nossa parte. Com o tempo e a falta de ação, acabamos nos frustrando e sentindo impotentes diante dos vários problemas do mundo que vivenciamos no dia a dia e para os quais não conseguimos ver uma solução.

(Crédito: reprodução/Pexels)

No dia de hoje, em diferentes sessões e sobre diferentes temáticas, os palestrantes deram dicas práticas de como podemos fazer a nossa parte e contribuir para o bem comum, o que para mim foi inspirador e gratificante. Josephine Goube, CEO da Techfugess, uma organização que ajuda milhares de refugiados ao redor do mundo, através da tecnologia, a terem acesso à informação, educação ou mesmo a ganhar dinheiro, conectando-as com outras pessoas em diferentes partes do mundo, que possam utilizar seus conhecimentos e serviços. Como exemplo, há pessoas vivendo em campos de refugiados que estão dando aulas de árabe através do Skype a pessoas no mundo ocidental, que querem aprender o idioma. A dica prática para ajudar a essas pessoas e que qualquer um pode fazer é se conectar aos projetos da Techfugees, disponível em todas as suas redes sociais e escolher a forma de contribuir com informação, educação, compra de serviços ou mesmo coisas mais básicas e simples como comprar créditos de Skype para que elas possam se conectar com outras pessoas ao redor do mundo.

O incrível Bernie Sanders falou do papel que cada um de nós tem em conversar e engajar as pessoas que nos cercam, familiares e amigos, para lhes fazer ver os verdadeiros problemas que afligem a nossa sociedade e se conscientizarem de que grande parte dos políticos não age sobre estas questões. Escolher seus candidatos baseado nos seus projetos para estes problemas e não cair em histórias contadas pela oposição para desqualificar o candidato, deveria ser o tema dessas conversas com seu círculo de pessoas, na sugestão do Bernie, sem entrar em guerras pessoais de lado a lado. Boa dica também para o nosso momento político no Brasil.

No painel The Future of Capitalism and Everything Else, o tema central era o capitalismo consciente e a importância de gerir negócios olhando também para o bem que eles podem proporcionar às pessoas e à sociedade. John Mackey, co fundador da Whole Foods, fez uma analogia interessante. O corpo humano produz glóbulos vermelhos constantemente e, se não o faz, morre. Contudo, o propósito de vida das pessoas não é produzir glóbulos vermelhos e sim viver uma vida boa, com equilíbrio e realizações. Igualmente, um negócio não pode sobreviver se não gerar dinheiro, mas isso não significa que o propósito dos negócios seja gerar dinheiro. Eles existem para gerar valor às pessoas e para realizar sonhos dos empreendedores que estão por trás dos negócios. Nesse caso John nos ensina que o nosso papel dentro da indústria criativa, principal assistente ao festival, é a de contratar equipes diversas, que ajudem a gerar negócios que atendam de forma mais compreensiva às necessidades das pessoas e, assim sejam sustentáveis no tempo. Dica prática e potente.

Algumas pessoas tem a capacidade sozinhas de liderar e fazer a diferença. Contudo, as grandes mudanças no mundo acontecem através do esforço coletivo, da soma de contribuições individuais simples que sozinhas podem parecer pouco, mas que juntas produzem efeitos transformadores. Se cada um de nós fizer a sua parte, todos viveremos num mundo melhor.

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