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Resolvendo grandes desafios, com Elon Musk

Uma sessão de perguntas e respostas enviadas pelo público foi a base dessa entrevista descontraída


12 de março de 2018 - 13h48

(Crédito: reprodução)

Uma apresentação surpresa foi anunciada no SXSW 2018, com a participação de Elon Musk (fundador da Tesla), SpaceX, Solar City, The Boring Company e co-fundador da PayPal. Uma lista impressionante de feitos por si só, mas que demonstram uma constante vontade de atacar grandes desafios com entusiasmo ou impaciência, incomum.

Uma sessão de perguntas e respostas enviadas pelo público foi a base dessa entrevista descontraída. Começando pelo maior interesse de todos: Marte. Elon apresentou um pouco da sua visão de ida à Marte. Primeiro, é necessário construir toda uma infraestrutura mínima para se chegar ao planeta, bem como criar estruturas com energia, estufas – o fundamental antes de se pensar em ir lá.

Mas o espaço não é o único interesse de Elon. Suas iniciativas também acontecem nas áreas de carros elétricos e baterias (Tesla), energia solar (SolarCity), a Boring Company que busca construir túneis e, mais recentemente, a iniciativa StarLink, que busca construir uma rede de satélites para fornecer acesso à internet de qualquer parte do mundo.

E o que atrai Elon a esses grandes desafios? Segundo ele: “Algumas coisas que eu considero muito importante parecem não funcionar bem”, e isso o motiva a ver se é possível encontrar uma solução melhor.

Plano de Negócios? Nem pensar! SpaceX e Tesla eram oportunidades de altíssimo risco. Nos Estados Unidos, dentre as empresas automotivas, apenas Ford e Tesla não entraram em falência em algum momento da sua história. Ele calculava a chance da Tesla e SpaceX de sobreviverem em menos de 10%. Mesmo assim, isso não o desencorajou a buscar resoluções para esses problemas.

SpaceX falhou nos primeiros três testes de lançamento. O quarto lançamento, era a última chance. Em 2008, a Tesla tinha alguns dias de dinheiro em caixa, quando conseguiu um novo investimento. Um novo fôlego para continuar a busca por solução para um grande desafio.

Esse otimismo que impulsiona Elon a atacar grandes questões, não se aplica a todos os setores. Ele é conhecido, por ter uma visão bem menos otimista, quando o assunto é Inteligência Artificial (IA). Não pelo potencial da tecnologia em si, mas pelos efeitos colaterais que os avanços de uma super inteligência digital podem causar.

Sua visão é que existem muitos benefícios em IA. Até o final de 2019, Elon acredita que já estarão disponíveis carros autônomos. Hoje, a tecnologia existente já reduz em 30% a 40% o risco de acidentes e o avanço deve acelerar para um estágio, o qual será muito mais eficiente e seguro do que os motoristas humanos.

Para continuar sendo benéfico, Elon vê a necessidade de desenvolvimento consciente e controlado da tecnologia no longo prazo. “Atualmente, existem controles para desenvolver armas nucleares. AI pode se tornar mais perigosa do que armas nucleares.”

Enquanto esse dia não chega, Elon continua trabalhando nos grandes desafios de hoje, arriscando algumas ideias do modelo de governança de uma possível colonização em Marte: democracia direta com votação de propostas e não de representantes, crowdsource e simplificação da legislação através de algo que seja mais fácil cancelar/excluir uma legislação do que criar uma nova.

“Quando o texto da legislação é maior que todos os volumes do Senhor dos Anéis, alguma coisa não está certa!”, disse. Talvez esse seja o próximo grande desafio de Elon Musk.

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