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O milestone de quem desenha os futuros que desejamos

O SXSW se tornou um milestone nas nossas vidas, estávamos a caminho ao aeroporto para a edição 2020 quando o mundo parou, e voltamos para casa de onde não saímos mais desde então


10 de março de 2022 - 16h56

Crédito: Divulgação

O meu primeiro texto na cobertura do SXSW 2021 trazia a promessa de recriar o futuro a partir do zero, e fazíamos isso working from home, e assim seguimos por mais um ano, mas felizmente enfim esse dia chegou. Eu sou um sujeito muito positivo, mas deixei para escrever este texto dentro do avião, de onde só sairei em Austin. Missão aceita, e iniciamos assim mais uma jornada ao maior evento de inovação, cultura e criatividade do mundo, e o faremos presencialmente, um marco em nossa história humana como não deixaria de ser.

Em uma conversa com a Tracy Mann, nossa embaixadora no festival, em nosso TomorrowCast ela trouxe uma informação de que o brasileiro que vai ao SXSW este ano está ainda mais interessado em entender as tendências e as previsões do futuro, imagino eu que não seja somente os brasileiros, muito menos só os futuristas como nós. Quem não quer saber como o mundo será a partir de agora?

O que podemos sentir é que existe um mixed feelings entre a euforia de quem tem o festival em seu calendário pessoal, ou mesmo indo pela primeira vez, e a insegurança de como tudo irá acontecer. Em nossa própria Missão tivemos um número grande de pessoas que decidiram de última hora, sinal de que nem todo mundo acredita que já saímos desta, ou que esse ciclo de acontecimentos que transformam as nossas vidas tenha cessado.

Sendo assim, a programação não poderia ser diferente, assuntos técnicos deram espaço a discussões mais amplas sobretudo sobre aquilo que gera impacto e mudança de comportamento. Mesmo assuntos que tem roubado espaço como a Web3 não focam no conceito e usabilidade e sim no impacto disto em cultura e comportamento.

Outros assuntos que felizmente já ocupavam espaço na agenda, como diversidade e causas sociais, entram em um mergulho mais profundo nos temas, não mais sobre suas necessidades, mas já tido como essenciais entram em ações práticas, cases de execução e sucesso e convocatórias de engajamento necessário. O festival inclusive respondeu muito bem a um suposto boicote puxado pela indústria invocando o papel da comunidade criativa em resposta a postura do Texas em relação a lei do aborto, colocando no palco, como keynote a presidente de uma das principais ONGs de saúde da mulher e que financia o aborto a mulheres em situação de risco. Assim como o espaço dado a discussões que nos alertam sobre a polarização e o que isso pode gerar em nossos futuros, sobretudo em uma no de eleições importantes, inclusive no Brasil e nos EUA.

Obviamente o festival imergirá nos ambientes virtuais e de realidades mistas, em como os Metaversos estão sendo desenvolvidos e a presença de marcas e comunidades nestes universos, em discutir como os NFT-s estão transformando a produção cultural e impactando a indústria do cinema e da música por exemplo, mas são os temas emergentes que despertam a nossa curiosidade e nos inspiram como os reports de Amy Webb, John Maeda e Rohit Borgava que voltarão a lotar os Ballrooms do ACC, mas aquelas discussões que anos atrás nos assustavam como CRSPR e que foram a solução para as vacinas de RNA mensageiro revolucionando como a ciência brilhantemente lidou com a pandemia, por exemplo.

Ansiosos ainda por nos encontrarmos, nos abraçarmos, devidamente vacinados e com máscaras (exigência do festival) e também ver a volta das ativações de marcas nos arredores do centro de convenções trazendo a vida de volta.

Seguimos em Missão, uma delegação de designers, inovadores e criativos que acreditam ter ação no desenho de um futuro melhor, como desejamos e que se alimentam do conteúdo, das trocas e da experiência deste momento. Em parceria com a Abedesign e o Institute for Tomorrow, a Vidmob investe neste futuro e meu compromisso segue sendo o de democratizar o privilégio que tenho de poder colocar todos os meus sentidos a disposição de vocês, e não só eu, mas um exército de gente do bem como todos que escrevem nesta coluna, ou pelas lentes dos criativos que estarão conosco em uma ação super especial que preparamos para vocês.

Espero que nos próximos dias eu possa não somente cumprir essa missão para inspirar a cada um de vocês a seguirmos recriando esse futuro, não mais a partir do zero, mas de forma colaborativa e acionável.

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