Meio&Mensagem

11 de março de 2022 - 16h17

Tive a grande oportunidade de conhecer o SXSW em uma época em que o evento ainda não estava na lista dos “obrigatórios” em nosso país. Era conhecido por pouquíssimas pessoas do mercado brasileiro até então e cheguei lá, sinceramente, sem saber direito o que encontraria.

Como todos que vão pela primeira vez, ficava perdido tentando buscar na agenda temas que me mais me interessavam. Mas obviamente também me perdia muitas vezes pulando de sessão em sessão e com aquela sensação constante das 4 letrinhas que todos estão cansados de ouvir quando se fala do South By (FOMO).

Naquela época, 10 anos atrás, o foco era realmente o de absorver conteúdo, estar no máximo possível de palestras, já com infinitas opções. Eram praticamente 8 horas ininterruptas de sessões, todos os dias.

Depois disso, fui mais outras duas vezes…. ai sim com o evento na mira de todo o mercado brasileiro. E o que tinha de diferente?

Óbvio, havia muito conteúdo bom como sempre, mas muitos outros fatores para administrar: acompanhar parceiros de empresa em algumas sessões (que nem sempre eram as que eu escolheria), encontrar e conversar com centenas de amigos no meio do caminho entre o ACC e os hotéis, combinar almoços, encontros com clientes, jantares e happy hour com colegas, participar de eventos promovidos por veículos e plataformas brasileiras, visitas a ativações, etc, etc, etc.

Enfim, tudo também muito válido e interessante, sem dúvida. Mas notem a diferença, o foco e, principalmente a energia, mudou um pouquinho, não é mesmo?

Nessa minha quarta vez em Austin, com a delegação brasileira bem reduzida e poucos conhecidos por lá, volto à sensação de 10 anos atrás, querendo redescobrir o Festival, como se fosse aquela primeira vez. Com a energia voltada para as sessões e nada mais.

Mas obviamente como bom brasileiro que sou, não vou deixar de bater cartão na 6th St assim que terminarem as palestras 🙂