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O futuro do conteúdo

Pontos que me chamaram atenção, uns mais óbvios, outros nem tanto, mas todos eles necessários


12 de março de 2022 - 16h30

Crédito: Rawpixel.com/shutterstock

A primeira palestra do SXSW de 2022 não poderia ter começado melhor. Liderada pelo CEO e pelo head de inteligência da Variety, uma das principais publicações sobre negócios ligados ao entretenimento nos Estados Unidos, fez um diagnóstico completo sobre os principais desafios de 2022 e dos anos seguintes.

Aqui vou trazer os pontos que me chamaram atenção, uns mais óbvios, outros nem tanto, mas todos eles necessários.

TECH VS. MEDIA

Logo de cara, lembramos uma das principais batalhas que estão acontecendo: quem está na disputa para produzir o conteúdo que chegará ao consumidor. De um lado do ringue, as quatro grandes big techs em ordem de valor de mercado: Apple, Alphabet, Amazon e Meta. Do outro lado, os grandes conglomerados de mídia puxados pela Disney, uma empresa com metade do valor da Meta. Todas interessadas em uma coisa: a atenção do consumidor (e o dinheiro, óbvio).

FUSÕES E REGULAÇÕES

Nessa briga, todo mundo quer crescer, mas cada tipo de empresa enfrenta alguns desafios diferentes. As big techs enfrentam as tentativas de regulação pelos órgãos antitruste que buscam manter a competitividade em ummercado não tão favorável para elas. Para referência, só a Meta investiu mais de US$ 20 milhões em 2021 em lobby com o governo norte-americano. Já as empresas de mídia foram atrás de fusões com techs menores, outras empresas de mídia, ou acordos com grandes produtoras – aqui o destaque é para a Hello Sunshine, da atriz Reese Whiterspoon –para aumentar o valor de mercado e enfrentar uma batalha à altura.

POLÍTICA É O NOVO ENTRETENIMENTO

Uma análise entre os 5 mil programas mais vistos entre os norte-americanos mostra que “Política e Opinião” foi o gênero que mais teve crescimento na TV, representando 8 2% dos programas mais vistos, um crescimento bem impressionante para um tema que já representava metade de todos os programas em 2016.

Além disso, o podcast segue firme e forte, tendo o YouTube como principal plataforma de consumo, para tristeza dos puristas que defendem o podcast como um formato apenas de áudio. O cruzamento dessas duas informações indica que as pessoas querem se informar mais sobre política e estão consumindo meios para isso.

O CINEMA NÃO VAI ACABAR (MAS VAI ENCOLHER)

Com o fim da pandemia se aproximando e as pessoas retornando aos seus hábitos fora de casa, as salas de cinema aos poucos vão retomando seu faturamento. No entanto, com as janelas de exclusividade das distribuidoras cada vez menores – o que antes era de 90 dias hoje pode chegar a até 17 dias pela Paramount, por exemplo –, somado ao hábito de ver filmes em casa criado pela pandemia, o consumidor vai repensar a necessidade de se deslocar até alguma sala de cinema para assistir a seu filme preferido, fazendo com que o circuito exibidor repense a estratégia de filmes, direcionando boa parte desse esforço para filmes-evento, como Homem-Aranha e Batman.

METAVERSO É DE COMER?

Já virou uma piada interna dentro do evento, mas ou as pessoas não sabem do que se trata, ou não estão interessadas, quem sabe no ano que vem! 

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