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Reggie Fils-Aimé 

Até agora o palestrante mais corajoso do SXSW 2022!


12 de março de 2022 - 17h06

Crédito: Thais Monteiro

Primeiro não asiático e afro-americano a se tornar presidente de uma empresa tradicional japonesa, Reggie trabalhou na Nintendo de 2003 a 2019. Começou como VP Executivo de Vendas e Marketing e, em 2006, se tornou Presidente e COO, onde permaneceu até 2019, quando tomou a decisão de sair porque um querido colega tinha falecido de câncer. Isso o impactou muito e ele decidiu que queria começar a dividir sua experiência com o mundo, ter tempo para respirar, passar mais tempo com a família e fazer outras coisas, de modo geral. Nesse mesmo ano, foi convidado a integrar o International Video Game Hall of Fame, em reconhecimento ao seu importante trabalho para a indústria do videogame.

Em conversa moderada pela Emily Chang da Bloomberg, Reggie revelou algumas opiniões superfortes, como por exemplo que a cultura é a parte mais importante de cada uma das empresas e que quem é responsável pela cultura é a liderança. Outra opinião, mais controversa, é que ele acha que uma empresa é inovadora quando foca nos consumidores e a Meta, não o é, por focar puramente em receita de publicidade.

Também falou bastante sobre a indústria de games, que ainda está pouco diversa, com a maioria dos personagens brancos, apesar de ser uma indústria global e que vale 200 bilhões de dólares. Segundo Reggie, isso precisa mudar o quanto antes para que a indústria continue crescendo e evoluindo. 

Gaming é sobre conteúdo e, por isso, a Netflix tem grandes chances de se tornar uma empresa desse mercado. Apple já está entrando nesse mercado com Arcade mas, por exemplo, Google não foi bem-sucedido, justamente porque eles não são produtores de conteúdo e só ser infraestrutura de cloud não é suficiente para ser bem-sucedido nessa indústria. 

Ele enxerga a oportunidade em blockchain como método de monetização dentro de games, porém isso precisa fazer sentido para os jogadores e não só para os desenvolvedores ou empresas de gaming.

Por fim, ele acredita que cada empresa precisa ter uma estratégia bem definida, transparente e aberta a todos. Esse é o primeiro passo para uma empresa com capital aberto ser bem-sucedida com seus investidores. 

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