Publicidade

Deus gosta de tecnologia – e de limites

A tecnologia humana pode combater a desinformação.


13 de março de 2022 - 11h26

Crédito: Divulgação

Neste sábado estive mergulhado nas exposições de Tristan Harris, na sessão chamada Humane Technology: Why The Social Dilemma is Not Destiny (Tecnologia Humana: Por que o Dilema Social não é Destino). Harrys, especialista em ética, é co-fundador e presidente do Center For Human Technology e protagonista do documentário que se tornou um hit da Netflix, O Dilema das Redes. O propósito do documentário é questionar o tempo que as pessoas dedicam às redes sociais, que forçosamente leva a relacionamentos polarizados interferindo diretamente em ambientes democráticos e, consequentemente, na humanidade.

Tristan afirma que a tecnologia está ficando tão complicada quanto possível. Sobretudo quando utilizada para demandas de vocalização ou de texto, no que se tornou uma fábrica de fake News. É por isso que explora a sabedoria como resposta para as equações simples e complexas: “O que responde aos temas complexos nada mais é do que a sabedoria”. Mas está nesse ponto o pulo do gato: a sabedoria tem limites. O detalhe é que Harrys nos apresenta uma leitura de como decifrá-los e de que forma eles atuam a partir de sistemas e causas profundas.

Ele indica que existem grandes lacunas de percepção, induzidas pelo comportamento de mídia social, porque vozes extremas estão mais presentes online e, consequentemente, com maior alcance. Mas questiona: qual sabedoria a sociedade faz uso para combater essa desinformação? Se elas ficarem livres para atuar com suas fake news, começaremos a acreditar que vozes extremas estão mais próximas da realidade do que realmente são.

Harrys aproveitou para divulgar um curso da ONG que preside, que atua com foco na transformação da informação compartilhada de maneira responsável, no bem-estar coletivo, na sustentabilidade da democracia através da tecnologia. A ONG capacita equipes gratuitamente para dirimir as consequências desse dilema social que vivemos atrelados às instituições medievais que ainda conduzem nosso destino e que conta com a anuência do sistema sócio econômico. Como crescer respeitando vulnerabilidades e lutando contra o preconceito.
Para isso é fundamental alterar o velho paradigma da tecnologia por algo mais humano, Humane Technology como a nova visão.

De um tema social necessário, pulei para uma imersão no mundo automobilístico para me conectar com o que está por vir e, também, ao que nós da VidMob estamos na ponta da tecnologia como, por exemplo, a Realidade Aumentada. O nível da imersão que o nosso corpo vivenciará no carro, acrescida de realidade virtual aplicada ao contexto de estradas, caminhos e real ride é um conjunto de sensações e experiências únicas. Os carros vão mudar mais nos próximos cinco anos do que mudaram nos últimos 100. Motoristas digitais, elétricos, de automação, condução autônoma e outros irão mudar drasticamente a experiência de interação com o carro. A condução como a conhecemos deixará de existir. Viver essa experiência aumenta exponencialmente o aprendizado – o entretenimento educacional está explodindo, ganha cada vez mais espaço e novos contornos, que permitem adentrar uma sala de aula ou naves espaciais.

Eu não poderia deixar de acompanhar a transformação sem limites que ocorre no comércio eletrônico da beleza no metaverso. Evolução natural da experiência na web que já existe e que conta com a VidMob como tecnologia precursora. Nesse ambiente, a realidade aumentada é a cereja do bolo que permite interações mágicas com jóias, maquiagens, roupas e uma infinidade de produtos. A tecnologia de inteligência artificial está transformando as compras nas redes sociais em um universo de 2,85 bilhões de pessoas ativas. E isso não é nada desprezível.

E esse foi mais um dia intenso no SXSW. Ao conhecer nossos limites, sabemos onde devemos investir conhecimento. Ao respeitar limites sociais, sabemos até onde se pode e se deve ir. Basta que coloquemos tudo isso em prática com a tecnologia que está aí, pulsando por todos os lados. Mais do que nunca os criadores precisam entender essas novas possibilidades e explorá-las com sabedoria. Olhar de perto o que a indústria está criando para o nosso bem-estar é mágico e estimulante. Amanhã tem mais.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio