Meio&Mensagem

13 de março de 2022 - 11h57

Se existe um assunto que permeia a grande maioria das apresentações no SXSW desse ano, com certeza é o metaverso. E, em se tratando desse tema, o cardápio é amplo, com opções para todos os gostos. Desde palestras voltadas para aqueles que estão iniciando nesse mundo, explicando os mais variados conceitos (blockchain, token, airdrop, cryptocurrency, gas, minting, DAO, entre outros), até abordagens mais técnicas e previsões sobre o que esperar no futuro.

Falando em previsões, quem realmente foi categórico hoje nas suas opiniões, foi Reggie Fils-Aimé, ex-Presidente e Diretor de Operações da Nintendo of America. Para Reggie, não vamos ficar um tempão usando óculos de realidade virtual no metaverso e, por isso, a realidade aumentada (aquela em que você aponta o celular e caça Pokémons, por exemplo) vai prevalecer, na opinião do executivo. O fato é que é possível fazer a defesa da realidade virtual como ingrediente essencial do que entendemos hoje por metaverso, que, como um videogame, deve possuir três características fundamentais: ser interativo, social e imersivo.

Convenhamos: o hype em cima do metaverso é muito grande para ser ignorado. E mesmo que ainda não tenhamos clareza sobre qual a sua evolução nos próximos anos, o metaverso já está deixando as suas marcas. Hoje, a oportunidade B2B que está mais na mão é o uso do metaverso para a experiência do colaborador nas empresas. Estamos falando aqui de recrutamento, onboarding, novas formas de trabalhar e desenvolvimento de carreira. É nesse contexto que, recentemente, Bill Gates afirmou: “A maioria das reuniões de escritório ocorrerá no metaverso dentro de três anos”.

Muitos já compararam o metaverso ao que era a internet dez anos atrás. Ou seja, estamos diante de uma infinidade de oportunidades mas também muito hype. A saída nesse caso é sempre aterrissar o assunto, buscar entender o porquê de se fazer algo no metaverso e o que se deseja alcançar com isso.