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O impulso da tecnologia para o futuro da saúde

Principalmente no pós-coronavírus, a edição de 2022 vai além da inovação nos negócios e reforça a importância da tecnologia para trazer benefícios para a humanidade


13 de março de 2022 - 16h58

Crédito: Divulgação

No meu segundo dia de SXSW eu não poderia estar mais otimista com as novidades do evento. Desembarquei na sexta-feira em Austin e, após dois anos de espera, pude novamente presenciar em um só lugar os temas mais atuais de todo o mundo. A edição deste ano realmente está surpreendendo positivamente, reunindo uma grande diversidade e inclusão de públicos e temas variados.

Mesmo antes de pousar, já havia listado painéis de meu interesse e pude perceber logo de início que, principalmente no pós-coronavírus, a edição de 2022 promove temas que vão além da tecnologia nos negócios, mas sim, levantam bandeiras para causas humanas e ambientais. Na sexta-feira, por exemplo, acompanhei um painel que tratava sobre a importância de incluir a diversidade nas diferentes fases do processo de design. Por que mulheres costumam sentir frio em locais com ar condicionado? Por que a temperatura padrão foi definida com base em testes com homens. A participação precisa existir desde o  desenho do produto, integrando os diferentes pontos de vista e incluindo o teste em populações diversas.

Focado em saúde e impacto positivo, o painel organizado pela Auíri que participei como moderadora marcou o segundo dia. Com o tema “Hack Your Body. Optimize the Future”, o conteúdo foi pensado como parte de uma série de iniciativas focadas na mudança de comportamento para uma vida mais saudável e promoção de uma cultura de consumo responsável. Nele, discutimos como a inovação e as soluções tecnológicas irão impulsionar a saúde, promover hábitos saudáveis ​​e, finalmente, melhorar a vida das pessoas. Para discutir esse tema, contei com Rodrigo Moccia, Diretor de Relações Institucionais da Ambev, Alaa Murabit, Diretora de Saúde da Fundação Bill & Mellinda Gates e Alta Comissária das Nações Unidas e Olivier Oullier, neurocientista, especialista em comportamento cerebral, e membro do Comitê Executivo do Fórum Econômico Mundial. A experiência de moderar esse painel com um time de tão alto nível foi incrível! Pudemos ouvir perspectivas diferentes, sempre com o objetivo em comum de inovar para criar soluções em saúde. Contando com exclusividade para os ouvintes os próximos passos da Ambev em relação ao modo de pensar moderação atrelada à inovação, no painel também foi realizado o lançamento do Smart Drinking Lab. Entre as iniciativas do Lab, uma barra de proteína que reduz a absorção do álcool e um wearable para monitorar o nível de álcool no corpo. Moccia destacou a importância da inovação aberta, de selar parcerias com startups internacionais que já estudam tecnologias para o desenvolvimento de produtos e da proximidade com o ecossistema de inovação brasileiro para acelerar e fomentar pesquisas na área. Ele reforçou a abertura da companhia para empreendedores com idéias disruptivas para promover a moderação.

Mais tarde, em painel patrocinado pela Optum (operadora de saúde americana que está patrocinando a trilha de Health & MedTech), com o tema “Digital Acceleration + The Tech-Enable Patient”, a discussão foi sobre as oportunidades que existem no uso da tecnologia para resolver as questões de acesso à saúde. A Covid-19 nos mostrou que somos capazes de criar novas soluções para os desafios de saúde de forma ágil. Por que não replicar a experiência de desenvolver vacinas de Covid-19 em um prazo tão curto para outras doenças? Como aproveitar a tecnologia para facilitar a vida de pacientes crônicos? Haverá uma verdadeira revolução na saúde. Várias oportunidades começam a surgir: empresas de medicamentos podem começar a se relacionar diretamente com os pacientes crônicos, e, se não acelerarem as iniciativas, outras como CVS e Amazon farão. Nesse painel a inclusão também aparece forte, no caso reforçando a importância de incluir os pacientes no desenvolvimento das soluções.

E, por fim, consegui participar de um bate-papo sobre como o meio digital pode melhorar o acesso da população a medicamentos. A grande aposta para equidade e acesso à saúde é o machine learning, usado para análise de dados e novas previsões, além de recomendações personalizadas. Pesquisas clínicas podem ganhar escala e agilidade. A oportunidade de aproximação dos pacientes também foi ressaltada. Temos cada vez mais dados sendo gerados que podem virar inteligência. Dados armazenados nos wearables podem ser analisados para individualizar os tratamentos. Temos recomendações de filmes personalizados, livros personalizados, por que não personalizar recomendações de tratamentos? Claro que, para isso, é necessário construir uma relação de confiança. O paciente deve ser sempre o dono dos seus dados e ter clareza de como eles serão utilizados.  A inclusão da diversidade no meio da saúde também foi discutida neste painel. Os algoritmos dos wearables foram desenvolvidos com testes em pessoas brancas e não podem ser considerados um padrão, pois não funcionam com total eficácia em outras raças.

E esse é só o começo. Nos próximos dias, teremos mais painéis e novidades. Trarei tudo para vocês em primeira mão!

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