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O poder do conteúdo

Sabedoria é entender o que a gente realmente tem conhecimento e quais são os limitadores que os vieses da construção das tecnologias podem trazer para nossas vidas


13 de março de 2022 - 12h06

(Crédito: Alfie Photography/Shutterstock)

Em um dia recheado de temas que abordaram a imersão da tecnologia na nossa vida, a geração Z e N que chegam ao mercado de trabalho trazendo uma ruptura em modelos de negócios e conversas sobre responsabilidade e ética num momento de democracia frágil. 

Colocando em jogo a hegemonia das grandes plataformas de mídia, denominados como a Estrela da Morte na luta com a Creator Economy na conversa entre Steve Rosenbaum e Evan Shapiro, mas explicada em fatos e pontos de atenção lançados por Tristan Harris seguimos tentando entender o nosso papel através do que aprendemos até agora e nos tornarmos não somente criadores de conteúdo, mas agentes de uma construção de futuros.

Enquanto o poder e hegemonia de companhias como Alphabet e Meta estão em cheque, mas muito longe de terem perdido essa luta, as plataformas baseadas na economia criativa onde os criadores são remunerados diretamente por seu conteúdo e não pela lógica de monetização através do consumo da mídia, são as que mais crescem. Plataformas com Patreon e OnlyFans e metaversos como Roblox já são ambientes preferidos de uma geração que está assumindo a economia ativa e assim sendo se tornando os tomadores de decisões. Será uma mudança de modelo de negócio que resulta de uma mudança de comportamento que resultará em futuro diferente do que podemos prever, como gostamos de especular como designers.

Na outra mão, Tristan Harris alertou para o cuidado com plataformas que carregam os mantras de “o poder esta na mão dos usuários”, “maximizamos a personalização” e “dar ao usuário o que ele quer”, “tecnologia é neutra”, pois há uma distância de pensamento entre o que achamos que quem tem ideais diferentes dos nossos pensam e o que eles realmente pensam e uma vez que a média por ser moderada produz menos conteúdo que os extremos, que por sua vez tem usado tecnologias como GPT-3 para produzir conteúdos em texto montando mentiras a partir de um conjunto de verdades, e isso tende a nos levar a um ambiente ainda mais polarizado e como consequente já sabemos onde esses distanciamento de ideais nos leva.

Vivemos em um momento onde funcionamos a partir de emoções paleolíticas, instituições medievais e em meio a tecnologias que se assemelham a Deus, como destacou Tristan Há uma lacuna de complexidade cada vez maior e a chave para fechá-la é a sabedoria, a medida que o mundo se torna mais complexo e a tecnologia cresce a um ritmo mais rápido, nossa capacidade de resposta não está combinando.

Fica o insight que sabedoria é entender o que a gente realmente tem conhecimento e quais são os limitadores que os vieses da construção das tecnologias podem trazer para nossas vidas. Tudo isso em um cenário de expansão. Todo mundo está inserido ainda mais no universo de tecnologia e games, mesmo que ainda de forma simples, porém pequenos poderes nos trazem grandes responsabilidades, como sabemos.  

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