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Um convite à ação

O SXSW, e todo seu conteúdo provocador, me convidaram a redirecionar minhas prioridades


13 de março de 2022 - 12h16

Crédito: Thais Monteiro

O SXSW não é o centro do mundo. Tenho certeza de que muitas das mais importantes discussões sobre o nosso futuro estão acontecendo agora, mas fora dos limites de Austin. Ainda assim, não é difícil, mesmo que por alguns minutos, não achar que está recebendo no evento alguma informação em primeira mão ou exclusiva.

No meu segundo dia de festival o sentimento de que estou recebendo conteúdo valioso e que preciso fazer algo a respeito se tornou muito forte. É impossível assistir a essas pessoas falando de oportunidades que estão na mesa e não se provocar a tomar uma atitude. 

O ex-presidente da Nintendo, e hoje um dos consultores de negócio mais aclamados do segmento de entretenimento, Reggie Fils-Aimé, compartilhou uma visão valiosa sobre o futuro dos games, entretenimento e a maneira com que as pessoas se relacionam. Ele deu dicas sobre como e onde investir, sobre como pessoas de negócio olham para oportunidades disfarçadas de fracasso (vale lembrar o que ele e outros fizeram com a GameStop) e, de uma maneira bem didática, ele explicou a estratégia de M&A de grandes empresas mirando um mundo ainda mais conectado e gamificado. Saí de lá com um desejo forte de desafiar meu “algoritmo pessoal”, estudar e de buscar estar onde a inovação está.

Em outro momento, estive presente em uma discussão sobre a Web 3.0 e a descentralização da produção de conteúdo. Entrei na sala e umas das primeiras coisas que ouvi já me pegaram em cheio: mais de 95% do faturamento da produção artística disponibilizada via Blockchain (NTFs) é de responsabilidade de novos publishers e criadores de conteúdo que, há um ou dois anos, eram totalmente anônimos. 

Os grandes publishers e as empresas historicamente responsáveis por apresentar as grandes obras, as melhores músicas e os personagens mais comentados ainda estão engatinhando dentro dessa nova forma de produzir e comercializar arte. A janela de oportunidade para pessoas que querem disputar um lugar ao Sol neste mercado ainda está escancarada. E, mais uma vez eu pensei, deveria estar fazendo algo a respeito?

Para terminar meu comentário quero falar sobre uma sessão com a neurocientista cognitiva Carmen Simon, que deu uma verdadeira aula sobre como montar e conduzir apresentações de negócios com alto nível de atenção. De tudo o que ela falou, uma frase ressoou mais forte pra mim: nossa atenção nunca vai embora, mas é levada para outro lugar. As pessoas nunca ficam desatentas, apenas focam em outra coisa. 

Não tive como ouvir isso e levar minha atenção até uma reflexão sobre minha própria atenção. Onde está meu foco? Hoje, o SXSW, e todo seu conteúdo provocador, me convidaram a redirecionar minhas prioridades. Não posso ouvir tudo o que estou ouvindo aqui e simplesmente não agir.

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