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Futuro otimista ou catastrófico?

Em busca de inspiração que muitos lotaram o auditório para ouvir Amy Webb


14 de março de 2022 - 15h16

Crédito: Shutterstock

Hoje início a coluna sobre o South by Southwest falando sobre propósito. Ao consultar o site do próprio evento, encontrei a seguinte frase: “O South By Southwest se dedica a ajudar pessoas criativas a alcançar seus objetivos”. De fato, é um lugar de muita inspiração. E é em busca dessa inspiração que muitos lotaram o auditório para ouvir Amy Webb, a futurista que há dez anos é aguardada no evento para todos que querem ouvir sobre cenários, tendências e insights. Na versão deste ano, são 14 áreas de estudos, que incluem tópicos como Inteligência Artificial, Biologia Sintética, e claro, metaverso.

Webb sempre apresenta, no final de cada tópico, o que chama de cenários probabilísticos: otimista ou catastrófico. Mesmo com assuntos tão diversos como esses mencionados anteriormente é possível destacar um ponto conector entre eles. Em uma palavra: propósito. Por que vamos usar uma determinada inovação? O que nos leva a falar sobre inovação responsável? Afinal, não é porque algo é cientificamente possível que eu deva fazê-lo.

Não faltam exemplos para isso: “super-humanos” (uma versão humana dos nossos grãos transgênicos), é um desses exemplos. A cada tema apresentado fica claro o quanto estamos vulneráveis. Nós, seres humanos, temos hoje ao nosso alcance grandes poderes, mas pouco evoluímos (ou nada) nos modelos mentais para lidar com tudo isso. Contrariamente ao que pensa Amy Webb, acho que não estamos diante unicamente de cenários otimistas ou catastróficos, mas sim dos dois, o que torna as coisas ainda mais complicadas. Parafraseando o filósofo francês do século XVII, François de La Rochefoucauld: as coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto tememos.

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