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Porque o dia 1 foi de choque absoluto

As pessoas estão muito mais preocupadas com valores, com propósitos. Existe uma necessidade grande de se conectar com eles


14 de março de 2022 - 11h30

Crédito: Divulgação

Ouvi muitas vezes que todos que vêm para cá devem se preparar para poder se organizar e fazer as escolhas certas dos conteúdos que querem consumir. Achei um exagero e me organizei para fazer isso algumas horas antes de sair do hotel para o primeiro dia de palestras.

Arrependimento total. O conteúdo é absurdamente vasto e é muito difícil fazer as escolhas certas. Saí para o primeiro dia com algumas escolhas, mas à medida que o tempo vai passando dicas vão chegando de todos os lados, e a gente vai mudando o roteiro. A logística das palestras é complexa também. Sair de um local para outro também demanda um certo planejamento.

A cidade está lotada, astral nas alturas, gente descolada, colorida, alegre e totalmente interessada em aprender. Bonito de se ver.

Tudo é feito andando pelas ruas das cidades nos arredores do festival, centenas de bikes, elétricas ou não, e patinetes espalhadas por todos os lados. O mais legal é quando você erra o caminho, se depara com ativações de marcas por todos os lados e aí rola uma grata satisfação por ter se perdido. As ativações são incríveis.

Não vou falar aqui em uma ou outra palestra a que assisti, porque tem gente mais rápida que eu que já falou antes. Vou falar da minha sensação sobre o contexto e os insights que tive sobre o que está na pauta do mundo a respeito do que vem por aí de importante para a sociedade, envolvendo cultura, tecnologia e conceitos emergentes.

Depois de valores como ser workaholic, ter plano de carreira, formações estruturadas, trabalho em grandes corporações e um fluxo de vida e crescimento organizados, tudo isso misturado com um longo período de pandemia, sinto que os valores da sociedade como um todo vêm mudando de forma drástica, e os temas e conceitos que passam por aqui transitam fortemente em torno disso.

As pessoas estão muito mais preocupadas com valores, com propósitos. Existe uma necessidade grande de se conectar com eles, seja lá quais forem, cada um precisa ter o seu. Temas como qualidade de vida, saúde, alimentação, felicidade e coletividade estão na pauta desta e das próximas gerações que estão por vir.

“Precisamos encarar o fato de que não estamos mais sentados em mesas de reuniões ­­– ou conectados em videoconferências – para criar um produto melhor do que o do nosso concorrente, mas sim para criar soluções que visam à sociedade e sua sobrevivência”, sugeriu Priya Parker, facilitatora e autora de “The Art of Gathering” (A Arte de Reunir).

Ainda nessa linha, “nossa capacidade de enfrentar os desafios do mundo depende de fazer sentido e coordenarmos juntos. Agora, precisamos de todos trabalhando juntos para fechar o gap de complexidade”, disse Tristan Harris, cofundador e presidente do Center for Humane Technology. Juntos estamos trabalhando para catalisar um futuro mais humano.

Além disso, outros temas estão sendo muito debatidos, mas vou entrar neles no próximo artigo.

Deixo aqui alguns highlights:

– Diversidade é fundamental. Sem diversidade, diminuímos a amplitude de tudo o que podemos fazer.

– Tecnologia como eixo central: games, metaverso, NFTs.

– Inovações que vão impulsionar a próxima onda de mudanças no mundo. 

– A urgência de ações em torno da crise climática no mundo.

Dá para sentir o porquê do choque absoluto, né?

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