Publicidade

A inovação salva-vidas

No TomorrowCast nós assinamos com o claim, a inovação que está para acontecer, ao descrever o nosso papel de democratizar o nosso acesso a histórias e projetos inovadores


15 de março de 2022 - 12h33

Crédito: Meio & Mensagem

Anos atrás aqui no SXSW atacados pelo FOMO, perdemos uma palestra que queríamos e entramos na sala ao lado, era uma discussão sobre CRISPR, técnica de engenharia genética em biologia molecular pela qual os genomas de organismos vivos podem ser modificados. Aquilo ali parecia distante demais para mim, era o que chamamos de um sinal fraco ainda. Nos anos seguintes me interessei pelo assunto, li artigos, discuti com colegas em maior profundidade até que trancado em casa e ansioso pela vacina recebemos a feliz notícia de que a Pfizer estava a caminho de nos devolver a dignidade da vida, e qual era a tecnologia que estava sendo usada? RNA mensageiro (mRNA), que utiliza a técnica de CRISPR.

Com o braço vacinado por Pfizer, e mais duas doses de Astra-Zeneca, aqui estamos tentando voltar a vida que nos foi tirada pelo vírus, e podendo ouvir o inspirador Dr. Albert Bourla, Presidente da Pfizer, ovacionado pelo público, mas não foi fácil chegar até aqui.

Dr. Albert relatou que foram meses de muita pressão de todos os setores, ele não representava somente a gigante farmacêutica, mas todo um setor. “Se a gente falhasse não era sobre mim e a Pfizer, era algo que impacta a vida em todos os setores da humanidade”.

Abro aqui um parenteses para falar de gestão, em Liderança pela Inovação no MIT discutimos muito sobre o impacto destes momentos em avaliações de desempenho e clima, por exemplo. É difícil manter altos índices quando você tem que liderar pelo desconhecido, ou de forma acelerada, em hyper-growth como chamamos. Ele relatou sua experiência pessoal após ter comprometido suas avaliações de performance nestes itens enquanto tratava de salvar vidas.

 O desejo de ter a vacina, o apoio dos reguladores, e altos investimentos possibilitaram essa jornada até aqui, mas foram muito erros, falhas e sobretudo obstáculos, incluindo aqui os anti-vax que celebravam cada necessidade de ajuste de rota, comentando inclusive que agora tomar vacina ou usar máscara é um ato declaratório político, o que não deveria fazer o menor sentido.

Criticado por liderar uma companhia que se negou a cessar o envio de medicamentos a Rússia, ele ressaltou ser filho de imigrantes judeus que sofreram no holocausto, mas que ele não trabalha com iPhones e sim com medicamentos, as pessoas que necessitam deles não estão em guerra, e a mãe dele não se sentiria orgulhosa se ele fizesse diferente disto, mas se comprometeu a doar todo o lucro gerado por seus medicamentos na Russia a apoiar a Ucrania.

Não teremos mais um grande crescimento nos números de vacinados, a COVID não vai acabar, mas agora sabemos como lidar com ela. Ressaltando ainda a importância desta vitória da ciência e da inovação para destravar diversos outros desenvolvimentos que serão acelerados e a busca pela cura de outras doenças será

Quando falamos de inovação, falamos do poder transformacional de nossas ações, falamos de impacto. Não há impacto maior nos últimos anos senão a vacina que venceu o vírus. Essa história será imortalizada, e o Dr. Albert ao lançar seu livro completou: “Todo mundo vai contar essa história e eu queria que a minha perspectiva não fosse esquecida. Queria contar o meu olhar sobre tudo que aconteceu”. Fica a dica da leitura.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio